1.1) Ser contrário ao voto obrigatório apenas pelo fato de ser obrigatório é matéria de insensatez.
1.2) Tal como falei no artigo anterior, se política é ocupação de espaço e se há um sério risco de algum indivíduo com mentalidade revolucionária ocupar o poder, então ir votar é uma obrigação fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo, pois é crucial dar ao candidato que ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento, o direito de ele ocupar o espaço e impedir a ação desse criminoso.
2.1) O motivo determinante do voto obrigatório no Brasil não se dá por força de nacionismo, mas por força de se tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - e isso é nacionalismo.
2.2) O Estado tomado como se fosse religião dá benesses sociais, corrompendo os pobres, que deixam de ser amigos de Deus e passam a ser escravos do Estado. Em outras palavras: deixam de ser ubogis e passam ser biednys (embora, nos termos da língua portuguesa, eles continuem sendo pobres).
2.3.1) O eleitor que vota contra o Estado corruptor e assistencialista é visto como um traidor, um ingrato, um apátrida e corre o risco de sofrer represália.
2.3.2) Não é à toa que o eleitorado é visto como um órgão que só confirma os conchavos e acordos de compromisso que são feitos antes das eleições. Eis o presidencialismo de coalizão - ele é fascismo em sua pior forma.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de julho de 2018 (data da postagem original).
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