O conservadorismo em moda aqui no Brasil, que se tornou bandeira de muitos cristãos, e que tem como ícone máximo, entre os políticos, o deputado e candidato à presidência Jair Bolsonaro, é o "conservadorismo empírico", como chama o Roger Scruton.
Tal é um conservadorismo "dos costumes", da "tradição cultural" (sic), em que a "religião cristã" entra como um elemento, importante até, porém SUBORDINADO ao interesse político, em sentido bem moderno: interesse pelo poder enquanto tal, o qual comporta um certo relativismo moral mitigado, que procurará agradar, tanto quanto seja possível e necessário para alcançar o poder, tanto às perspectivas morais da Lei Natural quanto aos interesses particulares que fazem parte do jogo político.
Não "conserva" o que é "eterno", mas o "que deu certo"; conserva o que é "conveniente" (para alcançar o poder), como diz o amigo José Octavio (que chama este conservadorismo de "conservantismo").
E se não conserva a "verdade moral enquanto tal", é por não conhecê-la, mas porque a "tradição" entra como um elemento ideológico: como afirma o próprio João Pereira Coutinho, estrela conservantista (sic) portuguesa, o "conservadorismo é uma ideologia reativa" (cf. PEREIRA COUTINHO. As ideias conservadoras. São Paulo: Três Estrelas, 2014, p. 29), que nasceu com Edmund Burke, após a Revolução Francesa.
Este conservantismo também sempre apoia o liberalismo em economia, e por isto, costuma se apresentar como "conservador nos costumes e liberal em economia". Aos princípios liberais da economia às vezes costuma dar um peso maior que aos princípios morais clássicos, e os conservantistas brasileiros costumam impugnar qualquer visão econômica "heterodoxa" (sic) como "comunismo" (sic).
Para uma visão mais ampla do tema "conservadorismo" ou "direita" eu sugiro o livro "Da direita moderna à direita tradicional: análise de uma categoria metapolítica", do prof. Cesar Ranquetat Jr.
Eu discordo apenas de 1 ponto do livro: penso que é preciso separar a direita tradicional de inspiração católica e a "tradição perenialista" citada pelo autor, que é, a meu ver, coisa bem moderna como o neoconservadorismo (e que influi nele...).
Mas é um grande livro, que apresenta com profundidade o panorama da "direita" e a importância da dimensão metafísica da política, além de resgatar a tradição conservadora ibérica (devo e pagarei uma resenha).
Tal é um conservadorismo "dos costumes", da "tradição cultural" (sic), em que a "religião cristã" entra como um elemento, importante até, porém SUBORDINADO ao interesse político, em sentido bem moderno: interesse pelo poder enquanto tal, o qual comporta um certo relativismo moral mitigado, que procurará agradar, tanto quanto seja possível e necessário para alcançar o poder, tanto às perspectivas morais da Lei Natural quanto aos interesses particulares que fazem parte do jogo político.
Não "conserva" o que é "eterno", mas o "que deu certo"; conserva o que é "conveniente" (para alcançar o poder), como diz o amigo José Octavio (que chama este conservadorismo de "conservantismo").
E se não conserva a "verdade moral enquanto tal", é por não conhecê-la, mas porque a "tradição" entra como um elemento ideológico: como afirma o próprio João Pereira Coutinho, estrela conservantista (sic) portuguesa, o "conservadorismo é uma ideologia reativa" (cf. PEREIRA COUTINHO. As ideias conservadoras. São Paulo: Três Estrelas, 2014, p. 29), que nasceu com Edmund Burke, após a Revolução Francesa.
Este conservantismo também sempre apoia o liberalismo em economia, e por isto, costuma se apresentar como "conservador nos costumes e liberal em economia". Aos princípios liberais da economia às vezes costuma dar um peso maior que aos princípios morais clássicos, e os conservantistas brasileiros costumam impugnar qualquer visão econômica "heterodoxa" (sic) como "comunismo" (sic).
Para uma visão mais ampla do tema "conservadorismo" ou "direita" eu sugiro o livro "Da direita moderna à direita tradicional: análise de uma categoria metapolítica", do prof. Cesar Ranquetat Jr.
Eu discordo apenas de 1 ponto do livro: penso que é preciso separar a direita tradicional de inspiração católica e a "tradição perenialista" citada pelo autor, que é, a meu ver, coisa bem moderna como o neoconservadorismo (e que influi nele...).
Mas é um grande livro, que apresenta com profundidade o panorama da "direita" e a importância da dimensão metafísica da política, além de resgatar a tradição conservadora ibérica (devo e pagarei uma resenha).
Joathas Bello
Facebook, 15 de julho de 2018.
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