1) Quando se tem pelo cem mil reais em cada um dos 28 aniversários da poupança, a tendência é receber uma diária de 372 reais ao longo dos 28 aniversários do mês, isso se considerarmos que a poupança paga R$ 3,72 a cada mil reais depositados, nas atuais circunstâncias. Considerando que você não paga imposto de renda na poupança, então este regime de capitalização acaba sendo ideal para uma previdência, já que isso depende do seu ritmo de trabalho, da sua disciplina para poupar - as demais aplicações fazem da riqueza um sinal de salvação, o que tende a ser ilusório, pois a ética protestante é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
2) Quando se toma a poupança como uma previdência, a diária recebida reflete a um período de 24 horas do seu tempo. Não importa se você produziu ou não produziu, esses 372 reais diários serão seus, enquanto as coisas permanecerem do jeito como estão - afinal, você, ou um ancestral seu, trabalhou de modo a lhe garantir uma diária para poder usufruir dela, de maneira responsável. Por isso, você precisa estar vigilante, de modo a que não tomem o país como se fosse uma segunda religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, pois é dentro de um ambiente assim que há seqüestro da poupança e quebra de confiança, tal como se deu no Governo Collor.
3) Como a poupança é juros sobre juros, uma nova renda será acrescida partindo-se de cem mil e 372 reais - e não de cem mil reais puros, tal como ocorre no sistema de juros simples. Fazer ou não fazer alguma coisa é uma questão de escolha - o que não se pode fazer é tomar a riqueza como um sinal de salvação, a ponto de ser um hedonista e gastar o dinheiro acumulado irresponsavelmente.
4.1) Afinal, ao longo de uma vida de trabalho, você juntou - ou alguém juntou pra você - cem mil reais em cada um dos 28 aniversários da poupança. Se você recebe 372 reais num dia, então você é livre para fazer o que bem entender dentro do limite de 372 reais. Se você dilapida os cem mil reais, então você terá que repor o que foi detonado, pois você derrubou uma das colunas que sustenta o seu templo, o seu bem-estar pessoal. Por isso que falo que os cem mil reais num determinado aniversário são a sua margem de segurança - você não pode sacrificá-la, a menos que consiga repor o que gastou em pouco tempo.
5.1) O lado bom da poupança é que ela pode ser legada a alguém como herança.
5.2) Se você preparar bem seu sucessor, ele terá os meios de ação necessários de modo a poder servir aos seus semelhantes de uma maneira melhor, passando a servir a muito mais gente do que na geração anterior. Por isso, a nova geração deve honrar o legado da geração anterior e preparar o caminho para a geração futura fazer o seu trabalho, pois a riqueza se dá por conta de trabalho acumulado, uma vez que trabalho é um verdadeiro meio de santificação e apostolado.
5.3.1) Se você tiver à disposição os meios necessários para fazer um apostolado melhor, faça-o. Afinal, o que se tem decorre de gerações que viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.
5.3.2) A riqueza como instrumento de evangelização leva em conta o passar das gerações, a ponto de ser símbolo da democracia dos mortos; a riqueza como sinal de salvação não leva em conta a questão da sucessão, uma vez que o agraciado pelo demiurgo - que dividiu o mundo entre eleitos e condenados - age como a serpente, quando a diz a Adão e Eva que eles serão como deuses, se comerem da maçã - e isso leva a um conflito entre as gerações, a um tipo de luta de classes em que o país do futuro secede ao país do passado, por conta do amor de si até o desprezo de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2018.
2) Quando se toma a poupança como uma previdência, a diária recebida reflete a um período de 24 horas do seu tempo. Não importa se você produziu ou não produziu, esses 372 reais diários serão seus, enquanto as coisas permanecerem do jeito como estão - afinal, você, ou um ancestral seu, trabalhou de modo a lhe garantir uma diária para poder usufruir dela, de maneira responsável. Por isso, você precisa estar vigilante, de modo a que não tomem o país como se fosse uma segunda religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, pois é dentro de um ambiente assim que há seqüestro da poupança e quebra de confiança, tal como se deu no Governo Collor.
3) Como a poupança é juros sobre juros, uma nova renda será acrescida partindo-se de cem mil e 372 reais - e não de cem mil reais puros, tal como ocorre no sistema de juros simples. Fazer ou não fazer alguma coisa é uma questão de escolha - o que não se pode fazer é tomar a riqueza como um sinal de salvação, a ponto de ser um hedonista e gastar o dinheiro acumulado irresponsavelmente.
4.1) Afinal, ao longo de uma vida de trabalho, você juntou - ou alguém juntou pra você - cem mil reais em cada um dos 28 aniversários da poupança. Se você recebe 372 reais num dia, então você é livre para fazer o que bem entender dentro do limite de 372 reais. Se você dilapida os cem mil reais, então você terá que repor o que foi detonado, pois você derrubou uma das colunas que sustenta o seu templo, o seu bem-estar pessoal. Por isso que falo que os cem mil reais num determinado aniversário são a sua margem de segurança - você não pode sacrificá-la, a menos que consiga repor o que gastou em pouco tempo.
5.1) O lado bom da poupança é que ela pode ser legada a alguém como herança.
5.2) Se você preparar bem seu sucessor, ele terá os meios de ação necessários de modo a poder servir aos seus semelhantes de uma maneira melhor, passando a servir a muito mais gente do que na geração anterior. Por isso, a nova geração deve honrar o legado da geração anterior e preparar o caminho para a geração futura fazer o seu trabalho, pois a riqueza se dá por conta de trabalho acumulado, uma vez que trabalho é um verdadeiro meio de santificação e apostolado.
5.3.1) Se você tiver à disposição os meios necessários para fazer um apostolado melhor, faça-o. Afinal, o que se tem decorre de gerações que viveram a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.
5.3.2) A riqueza como instrumento de evangelização leva em conta o passar das gerações, a ponto de ser símbolo da democracia dos mortos; a riqueza como sinal de salvação não leva em conta a questão da sucessão, uma vez que o agraciado pelo demiurgo - que dividiu o mundo entre eleitos e condenados - age como a serpente, quando a diz a Adão e Eva que eles serão como deuses, se comerem da maçã - e isso leva a um conflito entre as gerações, a um tipo de luta de classes em que o país do futuro secede ao país do passado, por conta do amor de si até o desprezo de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2018.
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