Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Notas sobre o ritmo na fotografia de livros

1) Dizem que os melhores trabalhos tomam mais tempo para ficarem prontos. Isso é verdade, já que eu sou perfeccionista por natureza. Sempre estou de olho no céu de modo a ver se o tempo vai ser favorável para se tirar uma boa foto ou não. Por hábito, sempre fotografo uma página por dia, uma vez que tenho de deixar o peso atuando sobre o papel de modo a tirar o curvado da página que vou fotografar no dia seguinte - e esse trabalho leva um dia inteiro. Se um livro tem 300 páginas, certamente levarei 300 dias de bom tempo fotografando. Quando há tempo ruim, o trabalho fica suspenso até o próximo dia com tempo bom. Trabalho todas as manhãs, de segunda a segunda fotografando.

2.1) Como falei no meu artigo anterior, eu não tenho pressa; afinal, esta é a maneira mais rápida que encontrei de envelhecer com saúde e sabedoria, pois faço isso até ficar perfeito.

2.2) Como tudo na vida, este trabalho tem um ritmo, tem uma cadência. Não adianta forçar - a beleza vem de dentro pra fora, já que digitalizar é um serviço dedicado aos outros, um ato de bondade - e isso precisa ser feito tal como um ferreiro que forja o ferro até atingir o formato desejado.

2.3) Trata-se de uma verdadeira arte, pois esta é a melhor pedagogia que conheço para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Se você busca eficiência, você busca a si mesmo até o desprezo de Deus e isso só será válido se o homem for a medida de todas as coisas; nesse ponto, o que mais vale é a sobrevivência - nela vale a lei do mais forte, não a justiça.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de julho de 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário