1) Há quem me pergunte: "quais são as conseqüências para humanidade quando os juristas resolvem valorizar o positivismo jurídico de tal forma a deixar de lado o Direito Natural"?
2) As conseqüências são tenebrosas, funestas: esses juristas acabam criando uma falsa concepção de Direito Natural, onde buscam uma ordem natural fundada na humanidade, a partir da falsa concepção de que Homem é o próprio Deus e não a imagem e semelhança de Deus, a essência de uma criatura.
3) Essa concepção se baseia no fato de que lei escrita é panacéia, lei eficaz que resolve tudo. Enfim, a salvação se confundirá com salvacionismo, dando causa a instabilidade geral das coisas, onde nada é permanente e tudo muda ao sabor das paixões mundanas, já que a sociedade é luta de classes. Esses juristas acham que conhecendo a mente humana e sua alma já seria o suficiente para se explicar a verdade e explicar todas as coisas através dela.
4) Isso é gnose. Há certos aspectos da alma humana que só podem ser conhecidos se respeitados os mistérios que norteiam a sagrada criação divina, causa da constituição de tudo o que é conforme o todo de Deus.
5) Como o Direito Natural é fruto de uma Constituição que se dá na carne, ele deve observar esses mistérios, decorrentes da revelação divina - e o que decorre de Deus não deve ser traído nunca.
6) Enfim, o Direito Natural abrange o seguinte princípio e mandamento: não haverá traição àquilo que é conforme o todo que vem de Deus. Pois fora de Deus não há salvação, mas destruição. Sabedoria humana dissociada da divina serve caos e retrocesso, em nome da ordem e do progresso.
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