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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Notas sobre o pós-olavismo

1) Eu não tenho nada contra o Olavo. 

2) Muito pelo contrário: para cada 10 erros, o homem - que não infalível - acertou um milhão de vezes - e o seu estímulo por aprender e ler os clássicos é nobre e reconfortador. 

3) Foi assim que aprendi a língua pátria que herdamos do mundo luso - eu li os clássicos. Foi assim com Camões, Bernardim Ribeiro, Damião de Góis, D. Diniz, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Beato José de Anchieta, Padre Fernão de Nóbrega, Gregório de Mattos, Fernão Mendes, Machado de Assis, José de Alencar etc. Isso sem contar os escritores de outros idiomas. 

3) Fiz uma faculdade de Direito e detestei a coisa - pulei para letras. Pobres letras do Brasil! o que não suporto são esses "pseudo-intelectuais" de Facebook, como esse tal Fábio Salgado de Carvalho. 

4) É preciso escrever e escrever sempre. Mas não se deve ter muitas pretensões - dentre fazer-me notável ou trabalhar em prol de Cristo e da pátria, eu prefiro a segunda. É só assim que meu legado será construído - pois quem faz da língua crença de livro faz com que o país seja tomado como se fosse religião, de modo a matar Cristo da consciência nacional.

(Arthur Benderoth de Carvalho)

Reposta:

1) Eu também não tenho nada contra o Olavo. 

2) Há quem acuse o Olavo de gnóstico, mas eu não vejo nada que me leve a condená-lo, por conta do que ele faz agora. 

3) No entanto, o que virá depois será um problema grave - alguns alunos do Olavo, por serem oriundos de crenças protestantes e por serem recém-convertidos, ainda não fizeram seus exames de consciência de modo devido. E esses estão se condenando ao fogo eterno porque não se livraram da infame gnose de fazer da gramática uma crença de livro, da mesma forma que faziam com a Bíblia, quando eram protestantes. 

4) Esses protestantes gramaticais dão causa a que outras heresias mais graves, de modo a que o país seja tomado como religião, sejam praticadas.

5) Esses protestantes gramaticais são o pior tipo de protestante que há. Esses têm o perigo da falsa conversão - ainda que se digam católicos, eles fazem da língua portuguesa uma segunda religião, manejando-a de tal modo isso poderá levar um povo inteiro fora da conformidade com o todo de Cristo.

6) Esses Puristas idiomáticos quase nunca dão em grandes literatos. Raros gramáticos, não esses esnobes de hoje, erigiram obra literária robusta. 

7) Os grandes escritores não eram lingüistas. Se fossem, todos escreveriam da mesma forma. Esse proto-comunismo acadêmico ninguém merece.

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