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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Cristo disse que somente pagãos (os apátridas) é que se preocupam com o sustento

1) Uma coisa é certa: quem se preocupa com o meu sustento é o que menos vai me apoiar neste trabalho que faço.

2) Deixei este trabalho nas mãos de Deus. Os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento são os que me sustentam. Afinal, a amizade é a base da sociedade política, como diz Aristóteles. E a cultura que edifico é uma expressão dessa política.

3) Quando a verdade está sendo retirada da ordem pública, as sementes da contra-revolução necessitam ser semeadas e cultivadas na catacumba.

4) É como plantar carvalhos: é demorado, mas os resultados virão. Estou neste trabalho há 4 anos. Não vem da noite pro dia.

5) Começo comprando meus livros. Com o tempo, poderei me sustentar. O ideal era para eu ter começado cedo, com 20 e poucos anos, mas eu só me libertei dos compromissos estudantis aos 31. Meu trabalho só não começou em 2013 como pretendia porque tinha uma namorada que me atrapalhava nesse meu projeto. E quando ela votou no Freixo, rompi com ela de vez. Afinal, ninguém sabota os meus projetos! Por isso que terminei com ela.

6.1) Lembro, em uma das postagens que compartilhei para o meu mural de facebook, que a situação cultural está tão ruim que a renovação deve vir de fora para dentro da academia. E este trabalho só pode ser feito por meio de intelectuais independentes, tal como o Olavo - ou mesmo eu, ainda que em início de carreira.

6.2) O Brasil nunca teve intelectuais independentes - e o exemplo de vida do Olavo, que se tornou o maior pensador vivo do Brasil sem ter feito uma graduação sequer, é um exemplo que me inspira.

6.3) Eu passei pela vida acadêmica e ela foi uma completa desgraça - desenvolvi depressão. Estou bem melhor dela, mas eu tendo a passar muito mal quando lido com pessoas cuja visão de mundo está muito presa àquilo que a esquerdireita costuma pregar abertamente: liberalismo econômico e valores fundados na ética protestante e no espírito do capitalismo, valores esses que não são católicos.

7.1) Como disse certa ocasião, o que não é conforme o Todo que vem de Deus não é correto e nem nobre. E até onde sei, o verdadeiro conservador conserva a dor de Cristo, pois sabe que a verdadeira Igreja de Deus vive em conformidade com o Todo que vem d'Ele.

7.2) E o trabalho humano se funda nisso, pois Deus sabe das minhas necessidades. Como foi dito pelo próprio Cristo, só os pagãos é que se preocupam com a idéia de sustento, pois é da idéia de sustento que vem o senso de acumulação de capitais e a conseqüente concentração de bens em poucas mãos, o que causa conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida, fundada na ganância ou no egoísmo.

7.3) E como Thomas Dresch disse, a economia vai contra a doutrina social da Igreja, pois o fundamento da economia é a escassez, a guerra pela sobrevivência, em que o homem é lobo do próprio livre, o que é fora de Cristo.

8.1) Meus pares compreendem meu drama, pois sabem que meu jeito de ser não se enquadra neste mundo descristianizado. Sou de família estruturada e prezo uma vida estruturada - e o que temos é uma sociedade de famílias desestruturadas.

8.2) É como viver numa choupana prestes a desabar. E neste ponto, eu me sinto um inútil, pois não me enquadro num papel social de modo a ter o meu sustento. Eu sou um ser sincero e não sei fingir ser o que não sou. Como não sei fingir, não sou picareta. E o pior é que a alma do povo anda tão deformada que não enxergam uma pessoa virtuosa nem de perto.

8.3) Eis o problema de não se cultivar as virtudes heróicas nesta terra - e ao optar pela catacumba, eu optei pelo heroísmo, pela ordem econômica fundada nas virtudes heróicas, fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo. E isso não se faz amando mais o dinheiro do que a Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2017.

Quando vou sair da catacumba?

1) Há quem diga que devo sair da catacumba e garantir o meu sustento.

2) Sim, desde que haja pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Sairei da catacumba quando tiver alguém que me proteja desse estado de coisas que há por aí.

3) Meu sustento virá dos pios. Quem faz um trabalho digno, como este que faço, tem direito ao pão de cada dia.

4) Sou católico e minha ética de trabalho não é a dos protestantes. A ética de trabalho dos católicos é a ética das catacumbas - e é isso que edifica uma ordem aristocrática.

5) Os melhores financiam os melhores - e os melhores elevam os mais pobres e humildes de coração a Deus.

6) De que adianta eu ensinar o que penso se os alunos que pego numa sala de aula não amam o saber e nem verdade? Quando dou aula, eu sei que tem um ouvinte onisciente que todos deveriam imitar antes de discordar do que penso, mas ninguém faz isso. A verdadeira fonte de conhecimento é estar presente diante desse ouvinte. E a sinceridade pede essa presença. Não me enquadro em um papel social algum, pois não sou hipócrita.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2017.

Notas sobre a enorme responsabilidade que se tem quando se tem muito conhecimento

1) Quando se tem muito conhecimento, você tem uma enorme responsabilidade. Você não vai compartilhar com qualquer um esse conhecimento de modo a este sair por aí semeando relativismo moral ou edificando liberdade para o nada.

2) Quando a Bíblia foi traduzida para as línguas nacionais, é porque o latim estava se tornando uma língua morta, já não mais falada. Alfabetizar as pessoas de modo a que pudessem ler a bíblia sob a orientação do magistério da Igreja é uma coisa própria da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Quando a Bíblia passou a ser usada como arma contra a autoridade da Igreja, isso acabou gerando uma divisão da cristandade por séculos, por conta da petulância de Lutero.

4) Para evitar que surjam novos Luteros, por força do que escrevo sobre o nacionismo, só aceitarei por aluno quem considero digno de aprender comigo. Ou seja, vou ter de criar um certo esoterismo em relação aos meus estudos.

5) Esses meus alunos virão dos meus contatos, como o Vito Pascaretta, que recomenda o meu trabalho para os outros. Se eu sentir que o sujeito tem má consciência, eu o descarto de antemão.

6) Prefiro trabalhar assim, com gente indicando o meu trabalho. Se houver gente ligada a uma universidade e achar meu trabalho relevante, pode me contratar como professor. Mas a única condição é que só os melhores alunos, os que gostam mesmo de aprender, é que podem ser meus alunos.

7) Prefiro trabalhar de maneira reservada, fechada. Se você for digno, eu te dou aulas e você me remunera pelo trabalho que faço. É só isso!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2017 (data da postagem original).

Notas sobre uma péssima idéia e que me deprime muito

1) Há quem me sugira para fazer mestrado e doutorado numa faculdade particular.

2) Quem me garante que não serei perseguido pelo que penso nessas universidades? Enquanto não me garantirem uma faculdade 100% livre de comunistas, eu não buscarei titulação. Aceito honoris causa por conta do trabalho feito.

3) Embora digam que tenho muito conhecimento e que deveria ser compartilhado, eu digo que esse conhecimento não pode ser voltado para o nada. Afinal, eu escrevo para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Eu não dialogo com comunistas - meu diálogo com eles vai ser na base da espada.

4) Por isso que prefiro trabalhar na catacumba, pois há uma guerra cultural em curso e não tenho condições de encarar uma sala, visto que a clientela anda podre e não aceito ter alunos comunistas. É na catacumba que me livro da impessoalidade e me sinto livre.

5) Se você quer ter aula comigo, primeiro me traga uma recomendação de um dos meus contatos de facebook, indicando o meu trabalho. Fora isso, não dou aula, a não ser pros meus próximos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2017.

Notas sobre palestras e distributivismo intelectual

1) Há um hábito bem comum entre os intelectuais anotarem os pontos principais da fala de uma pessoa de modo a responderem na hora - todos fazem isso e já tentaram me ensinar isso, coisa que acabou não dando certo, pois esse não é o meu jeito de ser. Isto pede um grande senso de intelecção auditiva, coisa essa que eu não possuo. Sou muito preso ao texto, já que ler é ver duas vezes melhor.

2) Se estivesse numa palestra, eu pediria para ela fosse gravada. Em seguida, que a palestra fosse toda transcrita. As perguntas que vierem no curso desta palestra não são respondidas ali mesmo, por conta não ter essa capacidade que todos na academia possuem. Eu as responderei quando puder e tentarei da melhor maneira possível não deixar pessoa alguma sem resposta.

3) Terei o e-mail de todos os que estavam presentes naquela palestra. Os transcritos e as respostas iriam para esses e-mails de modo que todos pudessem ler e meditar também - e se eles tiverem anotações particulares das palestras, que mandem pra mim também, pois isso pode me aperfeiçoar. E isso é uma forma de distributivismo intelectual, pois faço todos colaborarem comigo, sobretudo onde for falho.

4) Quem participa de uma palestra minha é também partícipe de toda a atividade intelectual que produzo. E isso é uma forma de transparência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de junho de 2017.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Notas sobre uma fala de Duns Scot

1) A maledicência é sinal de infidelidade? Isso depende da maneira como eu sou tratado na relação, pois de minha parte eu sempre trato a todos bem.

2) Por exemplo, minha primeira namorada tinha a péssima mania de opinar sobre sobre coisas sensíveis, que exigem estudo e muita reflexão. Como só falava besteira e conservava o que era conveniente e dissociado da verdade, ela tinha de fato má consciência. E denunciar esta terrível experiência de vida que tive não é uma maledicência, dado que não desejo a ninguém passar pela mesma experiência por que passei.

3.1) Outro exemplo, se minha namorada atual não me dá a atenção de que necessito por conta do trabalho - a ponto de passar mais de 20 dias sem notícias dela -, o fato de estar sondando uma outra pessoa no lugar dela que me dê a atenção devida a tudo o que tenho a dizer não é maledicência ou infidelidade da minha parte.

3.2.1) Em 2004, eu tive um relacionamento com uma modelo de São Paulo, na época do ICQ, que simplesmente sumiu do mapa e nunca mais tive notícias dela.

3.2.2) Como já passei pela experiência do abandono antes, então eu sinto receio de ser abandonado de novo e sem um bom motivo.

4) Enfim, eu nunca fui infiel nos meus relacionamentos. No caso do meu primeiro namoro, a pessoa foi infiel por conta de não amar a verdade de todo o coração. Neste atual namoro, o fato de não ter notícias há mais de 20 dias revela falta de consideração para comigo, um tipo de infidelidade.

5) Se você, minha atual namorada, quer minha lealdade e ser minha esposa, mostre que tenha conteúdo e que esteja disposta a ser parte da minha vida. A vida intelectual que eu tenho é minha vida e não sei ser outra coisa.

6.1) Jamais falarei mal de você, pois não inventarei fatos contra você. Eu só falo fatos que de fato pesam contra você - e isso não é maledicência. Isso é justiça!

6.2) E justiça é dizer a verdade dentro das relações humanas. Se você falha comigo e eu rompo com você, é porque você deu causa pra isso.

6.3) Se você me pedir desculpas por essa falha, eu aceito voltar. Mas uma coisa vai pesar contra você, caso eu aceite voltar a ser seu namorado: por que não temos conversas edificantes, de modo a que possa conhecer melhor você e que possa fazer com que eu me sinta parte da sua história, como um ser que me é tão querido?

6.4) Isso é melhor do que sexo e uma das razões agora para romper é a falta disso, de uma boa conversa. Estou numa fase da vida em que uma boa conversa é melhor do que sexo. Passei muitos anos estudando filosofia e evitando conversas inúteis. Hoje em dia, sinto repulsa de gente vazia, que nada vai me acrescentar. Estou tendendo a pensar que namorar uma pessoa vazia já é um tipo de fornicação, pois isso vai desgraçar a minha alma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de junho de 2017.

Por que escrevo notas de experiência acerca das coisas que vivo?

1) Vida de filósofo é vida pública. Quando se serve à verdade, até mesmo a vida íntima serve como baliza para uma lição de vida.

2) Quando escrevo notas de diário acerca das pessoas com as quais lido, é com esse propósito. A fofoca é um rebaixamento da dignidade da pessoa, visto que não há nada de relevante na história da pessoa de modo a extrair uma história digna de ser contada, junto comigo.

3) Quando há lição de vida relevante, eu não me incomodo que conheçam a minha história, pois pode servir de modelo para as demais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de junho de 2017.