1) Na minha consulta dentária de ontem, eu ouvi a história da matrioska - essas bonequinhas russas.
2) Havia um certo lenhador que coletava lenha no inverno. Sempre que ele encontrava uma madeira boa, ele esculpia.
3) Houve uma nevasca e ele não pôde trabalhar. No dia seguinte, por milagre, a neve havia se dissipado - e debaixo da neve dissipada ele encontrou uma madeira muito boa para se esculpir. Por um instante, ele ficou sem saber o que fazer, até o momento em que decidiu esculpir uma boneca, a qual deu-lhe o nome de "matrioska" - aquela que ouve, em russo.
4) Tal qual o Wilson no filme "Náufrago", o lenhador conversava todos os dias com a matrioska - até o dia em que ela começou a falar. Teve um dia em que a matrioska tinha vontade de ter um filho. O lenhador tirou um pouco de madeira da barriga da matrioska - e fez uma boneca igual, mas em escala menor, chamada "trioska".
5) Algum tempo depois, trioska disse que também queria ter um filho - o lenhador tirou um pouco de madeira da barriga da trioska e fez uma boneca igual à trioska, mas em escala menor, chamada "oska".
6) Algum tempo depois, a oska disse que queria ter um filho. O lenhador tirou o pouco de madeira que ainda restava da barriga da "oska" e nasceu um boneco chamado "ka".
7) O caso da matrioska explica perfeita o sentido da vida - mesmo que sejamos ou homens ou mulheres, algo de bom pode nascer a partir de nós, a partir do desdobramento da nossa carne, pois filho é uma bênção.
8) Quando o colega Italo Lorenzon define assassinato como "a interrupção injustificada da biografia de uma alma racional, ainda que esta esteja destituída das prerrogativas da razão", ele faz menção ao fato de que o assassinato implica destruir matrioskas, uma vez que esta obra de arte nos aponta para o mistério da vida, da conformidade com o Todo que vem de Deus. É um verdadeiro sacrilégio!
2) Havia um certo lenhador que coletava lenha no inverno. Sempre que ele encontrava uma madeira boa, ele esculpia.
3) Houve uma nevasca e ele não pôde trabalhar. No dia seguinte, por milagre, a neve havia se dissipado - e debaixo da neve dissipada ele encontrou uma madeira muito boa para se esculpir. Por um instante, ele ficou sem saber o que fazer, até o momento em que decidiu esculpir uma boneca, a qual deu-lhe o nome de "matrioska" - aquela que ouve, em russo.
4) Tal qual o Wilson no filme "Náufrago", o lenhador conversava todos os dias com a matrioska - até o dia em que ela começou a falar. Teve um dia em que a matrioska tinha vontade de ter um filho. O lenhador tirou um pouco de madeira da barriga da matrioska - e fez uma boneca igual, mas em escala menor, chamada "trioska".
5) Algum tempo depois, trioska disse que também queria ter um filho - o lenhador tirou um pouco de madeira da barriga da trioska e fez uma boneca igual à trioska, mas em escala menor, chamada "oska".
6) Algum tempo depois, a oska disse que queria ter um filho. O lenhador tirou o pouco de madeira que ainda restava da barriga da "oska" e nasceu um boneco chamado "ka".
7) O caso da matrioska explica perfeita o sentido da vida - mesmo que sejamos ou homens ou mulheres, algo de bom pode nascer a partir de nós, a partir do desdobramento da nossa carne, pois filho é uma bênção.
8) Quando o colega Italo Lorenzon define assassinato como "a interrupção injustificada da biografia de uma alma racional, ainda que esta esteja destituída das prerrogativas da razão", ele faz menção ao fato de que o assassinato implica destruir matrioskas, uma vez que esta obra de arte nos aponta para o mistério da vida, da conformidade com o Todo que vem de Deus. É um verdadeiro sacrilégio!