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domingo, 23 de novembro de 2014

A verdade sobre o princípio da anterioridade da lei penal


1) Eu estou caminhando para meditar sobre a questão da anterioridade da lei penal, daquela em que não há crime sem lei anterior que o defina.

2) O grande erro jurídico de nossos tempos é pensar que não existia outra lei que não a atual. Mas existia: a lei divina e esta se dá na nossa carne. E essa lei existe desde o momento que houve a divina inspiração para a criação. 

3) Roubar, matar e cometer adultério já eram contrários à lei divina e à natureza da criação, desde o princípio. Eram crimes infamantes, pois causavam dano ao semelhante e o infrator, pecador, ficava estigmatizado. 

4.1) Danos permanentes exigem pena permanente, como são os crimes de sangue.

4.2) Se eu matasse um, todos o que poderiam vir desse um não poderão vir mais. Então, eu tinha que morrer, para os que vissem de mim não venham a existir, pois eles vão herdar o estigma de que sou um assassino e meus filhos nisso seriam marcados. Os meus herdeiros seriam considerados infames desde a eternidade, por culpa desse meu pecado. Por isso, matar um assassino é um gesto de nobreza e de conformidade com o todo que se dá em Deus, pois os herdeiros do assassino ainda não nascidos não merecem herdar o estigma para toda a eternidade, pois tal pecado contamina a descendência.

5) Como a lei de Deus se dá na carne, então os crimes já estão definidos por conta da lei natural. O se faz é confirmar essa legislação, convertendo o implícito em explícito, de modo a fortalecer o senso de se tomar o país como um lar, de tal modo que a pátria provisória seja um virtuoso modelo de santidade para a pátria definitiva. É por essa razão que falo que todo nacionista tem pelo menos duas pátrias.

6) Não podemos confiar num princípio de anterioridade da lei penal, estabelecido por uma constituição fundada numa sabedoria humana dissociada da divina. Se um grupo político revolucionário assume o poder, tudo se perde, tudo fica relativizado, onde o errado se torna certo e o certo acaba se tornando errado.

7) Se tivermos de confiar no princípio de anterioridade, que seja o da lei natural, que é válida para todo o tempo e lugar e que decorre da vontade divina. A lei natural é permanente e imexível - e só por isso, não precisamos nos preocupar com constituições.

8) Tudo o que a legislação humana só precisa fazer é apenas declarar e converter o implícito em explícito, de modo a fortalecer entre nós o senso de reprobabilidade das condutas que são contrárias à Lei Natural e que trazem dano ao nosso próximo. Quem é conforme o todo de Deus sabe que a referida Lei se dá na carne, é ancestral, que não se mudou por conta de tantas e constantes mudanças e que é a base sob a qual se molda a nossa cultura judaico-cristã e ocidental. Essa lei nunca será abolida por forças humanas, pois ela é divina.

Precisamos falar sobre o assassinato de bebês


aborto => ab (afastamento) + orto (certo)

1) Se vida é movimento, então não se deve impedir a livre locomoção natural da vida, que se dá da concepção até o nascimento; e do nascimento para o crescimento, a reprodução e a morte. E da morte para a ressurreição no último dia, tal como Cristo nos prometeu.

2) Se em algum momento você impede esse ciclo, então você está afastando o certo e impondo entre nós a cultura do errado, tomado como se fosse certo. Aborto é assassinato e isso é tirania.

3) Eu prefiro falar sobre assassinato de bebês e isso precisa ser impedido, pois nós não temos o condão de criar vida, mas de gerá-la, pois Deus nos deu o dom de si. O dom de si da criatura não pode ser confundido com o dom de Deus para a vida. Somos mortais por conta do pecado original e não podemos ser como Deus. Isso é de uma estupidez sem limites.

4) É essa cultura de estupidez sem limites, disfarçada de falso amor pela humanidade, que precisa acabar. Melhor que se restaure a ordem histórica que mais esteve em conformidade com o todo que vem de Deus: aquela que se deu na Europa Medieval. Melhor isso do que estes nossos tempos, que tendem a confundir a luz com as trevas.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Do padrasto como vigário do pai, na Igreja doméstica


1) Padrasto (Stepfather) é vigário de pai - ele assume o papel do pai, na tarefa onde este não pôde desempenhar seu papel, por conta da morte prematura.

2) Aquele que concebe uma criança, de modo a que esta venha ao mundo, é o titular, o responsável por sua guarda e proteção. É nesse titular que se recai toda a sua autoridade de pai, todo o seu pátrio-poder. Quando este morre, um outro homem assume a tarefa, de modo a que a criança não fique sem a ausência de uma figura masculina, essencial para uma formação sadia.

3) Vigário de pai, na Igreja doméstica, tem a mesma função de um vigário de padre, para uma paróquia: cuida dos filhos, formando-os, até eles estarem prontos para a vida adulta, de modo a servir a pátria como cidadãos livres e independentes.

4) O vigário de pai toma os enteados como seus próprios filhos, adotando-os. Por isso que muitas crianças acabam assinando o sobrenome desses vigários, como se fossem seus próprios pais.

5)  A figura do padrasto ou da madrasta como entidade do mal nasceu de um lugar onde floresceu a figura do divórcio. E onde existe a figura do divórcio, os pais podem ser substituídos uns pelos outros, já que se perdeu a noção de Igreja doméstica, uma vez que a autoridade da Igreja Católica foi negada. Enfim, no sentido moderno do termo, em que vemos a abolição sistemática da família, os pais e mães substitutos tornam-se pais sociais ou mães sociais, tornando-se peças intercambiáveis, já que a educação dos filhos será ditada pelo Estado em todos os aspectos, nos mínimos detalhes. E isso é muito ruim.

6) A figura do divórcio, da dissolução da sociedade conjugal, surge quando não se tem amor um pelo outro. E normalmente o que assume a figura de pai substituto é um intruso que deseduca uma criação formada a partir da autoridade de um pai vivo, afastado do lar. E um intruso é um deseducador - e com ele a pecha de um filho do capeta é geralmente a ele associada.

7) Eis aí algo com o que devemos nos preocupar.

Notas sobre a competência

1) A competência se funda a partir do momento que você estuda um assunto de tal modo a que você consiga ver Cristo nele.

2) Quanto mais assuntos você estudar de tal modo a ver Cristo nele, mais competente você se torna e você servirá à verdade distribuindo suas investigações a quem interessar possa. 

3) A busca incessante de se buscar a Cristo nos assuntos que estuda leva à excelência - e excelência é um hábito sistemático. E servir a verdade, de modo a que muitos vejam Cristo no mesmo assunto que você viu, é servir com excelência. Enfim, distribuir é um dar sistemático, um dividir que se multiplica, pois o ensino permite o compartilhamento do saber buscado, de modo a que leve muitos à conformidade com o todo que se dá em Deus.

Filósofo não é ideólogo


1) Todo aquele que estuda a realidade e busca produzir conhecimento fundado em sabedoria humana dissociada da divina é um ideólogo.

2) O ideólogo não quer a sabedoria que nos leva a Cristo, mas o poder. Poder para se modificar a realidade e moldá-la conforme o capricho dos homens - e isso leva a uma ordem instável e falha.

3) O conhecimento, fundado em natureza maquiavélica, leva ao poder e isso é poder - e o ideólogo quer ser Deus neste ponto. Ele, como Marx, quer Poder Total, de modo igualar-se ao Criador. Mas isso é impossível.

4) Quem busca conhecimento, mas não sabedoria divina, não produzirá boas obras. Nelas, você não encontrará o amor de Deus, mas meios que levam a instigar uma luta de classes, de modo a que irmão odeie irmão e que nações sejam tomadas como se fossem uma religião, de tal modo a nos afastar da conformidade com o todo que vem em Deus.

5) Por isso, fujam do mundo melhor dos ideólogos. A terra é lugar de passagem, não de permanência.

6) Procurem o amor de Deus no estudo da realidade. Só assim vocês farão filosofia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2014

O que deve nortear um filósofo, de modo a produzir uma boa obra


1) Todo filósofo deve estudar a realidade - ele deve estudá-la e analisá-la de tal maneira a que seja um servo da verdade, de modo a que isso nos leve à conformidade com o todo que se dá em Deus.

2) A melhor maneira de servir à verdade é falando dentro daquilo que te compete. Nunca fale as coisas de modo a extrapolar a competência - do contrário, você só falará bobagens e você deixará de falar a verdade. Se você deixar de falar a verdade de maneira caridosa, você estará sendo exibicionista e isso te faz perder a credibilidade.

3) A melhor maneira de se expandir o círculo da competência é estudando o assunto de tal maneira que você consiga ver a verdade de Cristo nele. E quando você fala as coisas com cuidado e em caridade, o que você ensina, você edifica e isso tudo te leva à conformidade com o todo que se dá em Deus - e quem te ouvir seguirá os teus passos.

4) O filósofo deve sempre meditar de modo a que a Deus te conte as coisas e te aprimore nestes estudos. O confessionário é essencial neste processo, pois Deus é criador e testemunha universal, além de ouvinte onisciente de tudo aquilo que dizemos ou escrevemos, pois boa parte do que fazemos é solitário. O estudo e o ensino são obras de fé e só Deus pode conhecer esta tua fé, de modo a que você vá para o Paraíso, para a pátria definitiva.

5) Além do confessionário, a vida santa e em castidade também ajuda a que você responda melhor a Deus, de modo a dizer sim a Ele. O corpo e a mente devem se coordenar de tal modo a que você diga sim a Deus perfeitamente e que seu talento de filósofo sirva de modo a levar muitos para a conformidade com o todo que se dá em Deus, através dos estudos da realidade.

6) Vida reta, fé reta e consciência reta são fundamentais para se fazer um juízo de valor correto sobre todas as coisas. E isso para se fazer uma boa obra, uma boa análise da realidade, é crucial. Não faz sentido fazer uma boa análise se isso não estiver na conformidade com o todo que nos leva a Deus e na verdade, que se dá em Cristo.

Notas sobre o problema da obediência


1) A obediência à lei de Deus é um chamado para se colaborar com a obra divina. Nenhuma lei terá pleno cumprimento se ela não se der na carne.

2) A lei humana dissociada da divina perdeu essa noção de pleno cumprimento. Ela perdeu esse cumprimento sincero. Essa lei vai necessitar da coação, de modo a garantir o pleno cumprimento da lei.

3) A força gera opressão,  revolta. Tal qual as bactérias que vão ganhando resistência ao remédio, a lei marcial sozinha não assegurará o pleno cumprimento da lei. Eis aí a grande diferença da lei divina e da legislação humana associada a ela, que dão causa a uma enorme estabilidade política e econômica, de uma ordem cuja lei decorre de sabedoria humana, dissociada da divina, que precisa ser escrita e reescrita diversas vezes, de modo a se ter um efeito de estabilidade, que é pura ilusão.