1) Quando o Chefe de Estado é de um partido e o Chefe de Governo é de outro, aquilo é um microcosmos da coexistência pacífica, na época da Guerra Fria - no final, isso acaba virando uma Guerra Civil. Pois a República é essencialmente guerra de facções, luta de classes - como cada facção tem a sua verdade, a tendência é haver conflito.
2) Quando o Chefe de Estado e o Chefe de governo são do mesmo partido, vira um presidencialismo de fato (semi-presidencialismo). Só não é de direito porque a Chefia de Estado e a Chefia de Governo não estão concentradas nas mãos de uma mesma pessoa. Lembra muito a velha fórmula do consulado romano, instável e incapaz de cumprir a promessa de que nenhum homem será escravo de outro homem. No final, a corrupção e os conchavos levam à escravidão de todos, por conta dos abusos cometidos.
3) Quando a chefia de Estado é trocada constantemente, isso é prova cabal de que não há estabilidade, muito menos neutralidade política. Como pode o juiz político ser imparcial, se ele é membro de um partido? A justiça se torna ideológica e demagógica, pois acabando descambando no mais puro populismo - e isso acaba sendo levado ao âmbito da justiça comum, que resolve os conflitos de interesse entre os cidadãos ou entre o governo e os cidadãos. O ativismo do juiz político, que não é apartidário, leva ao ativismo judicial - e o país acaba sendo tomado como se fosse religião de Estado.
4) Por isso que republicanismo é uma desgraça - melhor que se volte a monarquia. A monarquia é a evolução da república e o aperfeiçoamento por excelência do parlamentarismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário