1) O fato de a Igreja estar usando terminologia marxista não está no fato de que ela, a Igreja, se tornou marxista. Ela está tomando como se fosse coisa o fato de que as pessoas só se expressam dessa forma, uma vez que estão todas contaminadas pelo marxismo cultural que polui a nossa realidade. Ressalvado o risco de que essa terminologia, se tomada como se fosse coisa, relativiza a fé verdadeira, então é o risco que se corre quando se promove a verdade.
2) Ainda que haja padres e bispos sacanas atentando contra as tradições da Igreja, é verdade sabida que o mal não prevalecerá na Embaixada do Céu na Terra.
3) O marxismo cultural usa muitos elementos da lógica formal, pois está tratando como se fosse ciência exata algo que é profundamente inexato. E a melhor forma de se estudar a realidade é lidando com as contradições que há entre o que é a coisa e o que se diz sobre a coisa - e isso pede que se analise as coisas dentro de uma lógica paraconsistente, que admite as contradições, coisa que a lógica formal não tolera.
4) Se a encíclica é uma descrição da realidade divina, um discurso sobre o que se vê, então essa descrição deve ser a mais reta possível. Num mundo onde o marxismo é uma cultura, você deve falar as coisas de um jeito que a maioria das pessoas entenda e isso é um caminho tortuoso - afinal, a maioria dessas pessoas são vítimas das estratégias dos comunistas e se perceberem que foram enganadas, elas se voltarão contra a fé, pois não foram educadas no estudo da lógica paraconsistente.
5) Como diz a Bíblia, num mundo de desonestos, ser honesto é até um atentado contra si próprio. E a Igreja, ao escrever dessa maneira, está sendo conforme o Todo desse ensinamento que está contido na Bíblia, pois o marxismo é desonesto e se tornou cultura. O que ela fez foi navegar neste mar de lama - como a arca não vai afundar, então ela assumiu esse risco, mesmo pagando caro pelo martírio da incompreensão.
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