1) Quando me são mandados textos para que eu os aprecie, eu tenho o hábito de lê-los como se fosse um escritor.
2) Eu adapto o texto do autor ao meu jeito de escrever, como se eu tivesse escrito aquele texto - eu enumero os parágrafos, simplifico sua linguagem e só aí eu leio.
3) Esses textos que adapto para mim servem de referência para a minha produção textual. Quando faço esses textos dialogarem, eu geralmente coloco a versão modificada e os meus textos, de modo a que as pessoas vejam as coisas na conformidade com o Todo que vem de Deus.
4) Alguns tolos acham que a adaptação é uma forma de perversão, ao alegarem que o estilo é o homem. Se o texto escrito foi feito num estilo ruim, então o homem é ruim - e para eu lê-lo, eu preciso vê-lo como um irmão em Cristo - e isso implica emprestar meus dons de modo que a verdade contida naquele texto de estilo ruim fique ainda mais evidente. E ele passará a ser uma pessoa melhor, ao emprestar meus dons a ele.
5) A cultura da permissão é um ato de vaidade. Se a verdade se impõe por si mesma, então eu devo modificar os textos, de modo a que a verdade seja dita do modo mais evidente possível. Eis aí a licença que nós, escritores, temos - é nossa prerrogativa e devemos bem exercê-la.
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