1) O sentido da tradição implica pessoalidade - e isso se mantém constante, mesmo com a sucessão constante das pessoas ao longo do tempo e dos lugares.
2) Jesus falou para 12 - esses falaram para mais alguns, que vieram a ser os primeiros cristãos. Esses falaram para mais alguns - e assim sucessivamente.
3) Todos aprenderam a seguir a Cristo seguindo aquilo que os apóstolos ensinaram, pois eles aprenderam diretamente com Ele.
4) Hoje escrevo para alguns que estão tomando a experiência diretamente comigo. Esses meus primeiros alunos vão passar o que aprenderam comigo a mais alguns. E esses passam para outros - e assim se vai, sucessivamente falando.
5) Se meu leitor de uma geração futura ler o que falo é porque ele aprendeu de alguém que foi meu discípulo. Ele sabe que falo para os sensatos - tanto para os que estão vivos no meu tempo quanto para os que não nasceram ainda. Amo o que não conheço como se fosse meu irmão, se esse amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Esse estará no mundo sem ser apegado às coisas do mundo - e esse será o meu leitor, aquele que é digno de me ouvir, mesmo eu estando morto.
6) Eis aí a grande diferença. A pessoalidade fomenta uma tradição e sua construção é lenta, mas segura; a impessoalidade atende a todos indistintamente, pois parte do pressuposto de que todos têm a sua própria verdade - e o resultado será o relativismo moral. Nada que é mais rápido do que a velocidade da luz tem valor.
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