1) Há quem fale que a nação é um dado irredutível, por ser mônada racional da ciência.
2.1) O sujeito que fala isso, Pasquale Mancini, parece que não estudou a Bíblia.
2.2) Uma nação virtuosa começa pela virtude de um só homem, que é o patriarca. Como Deus gosta de famílias grandes, então esse homem santo terá uma descendência tão numerosa quanto as estrelas no céu. E por fim, o legado desse homem acaba virando uma nação - e a terra prometida acaba sendo tomada como se fosse um lar, em Cristo.
2.3) O Rei é um patriarca, um chefe de família - e ele olha para os súditos, para os sujeitos à sua proteção paterna, como se todos fossem seus filhos. Então a nacionalidade é a relação de pai e filho que se dá na esfera pública. E isso se dá na forma de governo, pois o pai tutela o filho de modo a que ele se prepare para a vida e que sirva a Cristo em terras distantes, levando a essas terras distantes a noção de que a terra de seus pais deve ser tomada como se fosse um lar da mesma forma como ele toma a terra nova, em que ele serve agora, como se fosse seu lar também.
3) Por isso, a nação - fundada num coletivismo abstrato, impessoal, frio e vazio - não é a mônada, o menor dado dos dados. O verdadeiro menor dado dos dados, este sim irredutível, é família, pois o menor, o mais humilde dos homens, é o maior no Reino do Céus, pois esse homem é o senhor dos senhores sendo o servo dos servos. Se sua autoridade se funda em Cristo, então ele é a razão de ser de todas as coisas - ele é juiz final de todas as causas que envolvam o destino da pátria. Não é à toa que o Rei é árbitro supremo, o que confirma o princípio da ultima ratio regis.
4) Não é à toa que a família é a base de toda a sociedade. Se pátria é família ampliada, então tomá-la como se fosse um lar em Cristo leva a que mais nações tomem a santidade desse Rei como se fosse seu lar também, tornando isso algo ampliadíssimo e diverso, coisa que pode ser levada até os confins da Terra.
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