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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Notas sobre a cultura do auto-engano e seu impacto no Brasil

1) Questionar a autoridade de Deus é questionar o postulado de que Deus é bom e justo. A Igreja enquanto esposa de Cristo é acessório que segue a sorte do principal. Se a Igreja não erra, isso é um atestado de que Deus não erra - além disso, Jesus garantiu que o mal não prevaleceria sobre ela.

2) Quando os postulados são questionados, então não faz sentido fazer ciência, pois a noção de verdade desaparece. Se a noção de verdade desaparece, então a noção de realidade, bem como o conteúdo que pode ser extraído daí, desaparece.

3) O conhecimento, então, tende a ser apenas tomado por conta de sua aparência, de sua forma. E isso revela uma intenção de dominar e não de salvar. Não é à toa que a salvação pelo conhecimento, pela forma, nada mais é do que falácia, pois é fingimento, auto-engano.

4) Pensar em independência do Brasil, criando uma realidade política e social dissociada daquilo que foi edificada desde Ourique, leva a que o auto-engano seja a ordem do dia. O fato de Machado de Assis ser a maior referência nessa questão é um atestado do que é o quinhentismo, enquanto subproduto do libertarismo: auto-engano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

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