1) Há quem diga que a Igreja não é contra o capitalismo. Dizem que, na verdade, a Igreja é contra os abusos, decorrentes do capitalismo.
2) As pessoas não percebem que o termo "capitalismo" foi inventado por Karl Marx e que estão tomando como se fosse coisa termos marxistas para explicarem a realidade das coisas, como se isso fosse a própria expressão da verdade. Se Marx era desonesto, então não faz sentido chamar capitalismo como sinônimo de economia de livre mercado, pois elas não estão percebendo que há uma tremenda diferença entre economia de mercado e capitalismo.
3) A economia de mercado pede pessoalidade, pois ela pede que os serem humanos, enquanto criaturas amadas por Deus, sejam todas levadas em conta. Os consumidores devem ser tratados como pessoas importantes - e que seus pedidos levam em conta suas necessidades pessoais, marcadas por suas circunstâncias únicas. O fato de a vida humana ser marcada por circunstâncias únicas não admite necessariamente padronização da cultura, base para a cultura de massa, assim como da economia de massa.
4) Quando se ama mais o dinheiro do que as pessoas, então tudo é feito de modo a se retirar Deus do centro das coisas - e no lugar de Deus, fica o homem e toda a sua sabedoria humana dissociada da divina como senhores do universo, o que é um tremendo de um absurdo.
5) Uma economia de mercado sem Deus certamente terá a marca da impessoalidade. E como o dinheiro é visto como sinal de salvação, de predestinação, então a melhor forma para se chamar mais dinheiro para o patrimônio da empresa está no fato de atender necessidades de massa. E isso leva a concentração do poder econômico em poucas mãos - e isso os leva a ter poderes quase que divinos.
6) Como toda inovação tende a ser um desafio a toda essa ordem artificial, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, então esses senhores da economia de massa se associam ao governo e acabam criando uma ordem totalitária, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele. E não é à toa que o capitalismo leva ao comunismo, como Chesterton bem apontou.
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