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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Notas sobre a falácia da fraternidade universal das repúblicas

1) Se a fraternidade universal das repúblicas fosse verdadeira, eu poderia votar em qualquer um que julgasse apto a exercer a Presidência. E essa pessoa pode até mesmo não ser nem nascida no Brasil - como certa vez aconteceu com D. Pedro II, nosso Imperador, que recebeu uma quantidade expressiva de votos numa eleição presidencial dos EUA.

2) A maior prova de que isso é uma ilusão está no nacionalismo - a república é composta basicamente por governos de facção, que se valem do conhecimento da terra em que nasceram de modo a terem o monopólio absoluto do poder. E neste ponto, as facções, por conta do monopólio transvestido de legitimidade, se unem e tendem a um governo de colaboração, de modo a impedir, sob alegação de colonialismo, que facções rivais externas sejam chamadas ao poder, através da iniciativa do povo. Eis a técnica das tesouras.

3) O nacionalismo é o primor da insinceridade, do fingimento, pois tomam o país como se fosse religião totalitária de Estado - e as facções querem poder absoluto, pois tomam as riquezas da nação como se fossem suas, a ponto de quererem abolir, por decisão inescrupulosa, a proteção legal que decorre da propriedade privada. E neste ponto, tendem a enxergar o povo como se fosse um grande órgão que confirma os interesses desses grupos que estão no poder.

4) Se a fraternidade universal das repúblicas fosse verdadeira, eu poderia votar em D. Luiz, chefe da Casa Imperial do Brasil, ou em Andrzej Duda, presidente da Polônia, que é mais católico do Bolsonaro, o qual, quanto à questão da gravidez em caso de estupro, não passa de um legalista. Ele sabe que o aborto é inconstitucional, se observada a Lei Eterna, mas este conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E para um país que é herdeiro daquilo que foi edificado pelo Cristo Crucificado de Ourique, ele não passa de um apátrida.

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