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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Comentários sobre a Cristologia Ouriqueana

1) Na Cristologia Ouriqueana, nós estudamos a figura de Cristo, enquanto "construtor e destruidor de reinos e impérios".

2) Se Cristo é Rei, então seu reino não tem fim e se estende até os confins da Terra - e é natural supor que o poder de forjar e destruir reinos está relacionado à sua natureza divina, pois Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. É por conta de sua natureza divina que Cristo prometeu a vitória a D. Afonso Henriques e seus sucessores, se confiassem naquilo que Cristo prometeu.

3) O próprio fato de Cristo prometer a vitória já mostra que o princípio da Aliança do Altar com o Trono é uma cláusula constitucional pétrea, fundada na Lei Natural, já que Cristo é a verdade - e que nenhum governo, ou regime de governo, que ouse separar Igreja de Estado, o produto dessa Aliança, será legítimo, mesmo manipulando a história ou a consciência nacional, tal como se deu no plebiscito de 1993.

4) A missão de servir a Cristo em terras muito remotas pede toda uma estrutura de Estado e de governo de modo a que esse propósito seja cumprido. Isso pede uma teoria de Estado específica, que não admite comparação com todas as outras pré-existentes. Esta estrutura é única só pode ser compreendida dentro dos propósitos que o próprio Cristo estabeleceu desde Ourique. Até porque Cristo é Deus, enquanto as demais foram criadas por sabedoria humana dissociada da divina.

5) É dentro dessa estrutura que você compreenderá o senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado totalitário, fruto de sabedoria humana dissociada da divina. A ocupação de outros territórios pede o conhecimento das circunstâncias locais e o modo como isso influi no senso de se tomar o país como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

6) Esses são alguns pontos que gostaria de apontar sobre a necessidade de estabelecer um estudo desse Estado fundado na promessa estabelecida em Ourique.

7) Além do estudo dos fins desse Estado, precisamos estudar os fundamentos da restauração dessa ordem de coisas, interrompida por conta da Revolução Liberal do Porto e da queda das monarquias do Brasil e de Portugal. E isso remete a uma outra promessa: a promessa que Cristo fez à Santa Faustina, dizendo que da Polônia viriam os ventos dessa mudança, a partir de São João Paulo II.

8) São João Paulo II é chamado de "papa peregrino" porque serviu a Cristo em terras remontas, fazendo o que foi edificado desde Ourique. O ponto de contato entre a antiga promessa e a nova está neste Vigário de Cristo, em específico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2016 (data da postagem original).

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