1) Se o mundo te cobra por algo que não te foi dado, então não tem como haver concurso público, o que torna o princípio da impessoalidade inexeqüível - o que torna a Constituição inconstitucional, pois está promovendo algo que, do ponto de vista realidade, não pode ser cumprido, por ser fora da realidade, já que cada pessoa é única e o relacionamento entre as pessoas, por força das circunstâncias, sempre será desigual, pois algumas sabem mais do que as outras, enquanto outras são mais virtuosas do que as outras, ainda que saibam menos.
2.1) Mesmo que tenham dinheiro, nem sempre os ricos são os que mais sabem, ainda tenham a possibilidade de recrutar os melhores profissionais para darem a ele o que há de melhor em conhecimento técnico. Isto porque explica que o voto censitário, enquanto critério impessoal de seleção de candidatos a um cargo político, é uma furada - escolher pede sabedoria e nem sempre quem é abonado a tem.
2.2) Da mesma forma, o sufrágio universal, enquanto critério impessoal de seleção de candidatos a um cargo político, pois ele parte da premissa de que todo o povo nascido no Brasil é capaz de escolher, assim como parte do pressuposto de que todas as escolas ensinam a mesma coisa, o que é fora da verdade.
2.3) Como escolher implica sabedoria e como o ensino das escolas públicas nega a Deus, que é a fonte dessa sabedoria, então a voz do povo não é a voz de Deus - logo, a democracia não passa de demagogia, visto que o mais carismático sempre vencerá as eleições, principalmente se tiver um bom marketeiro por trás.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2016.
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