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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Por que não sou brasiliano?

1) O termo brasiliano pressupõe um Brasil independente, divorciado daquilo que foi edificado em Ourique. E o ponto culminante desse ser brasiliano é necessariamente a fundação de Brasilia. Tão logo o Brasil rompeu com sua origem, Portugal, acabou surgindo, ainda que por propaganda panfletária e anônima, a idéia de uma nova capital, de modo a consolidar essa nova estrutura de ser, revolucionária.

2) Os que estavam mais comprometidos com a mentalidade revolucionária, os republicanos, acabaram destruindo a monarquia e trataram de lançar os alicerces da nova capital no desconhecido Planalto Central, cabendo à expedição Cruls a execução desse projeto criminoso de poder. Somente nos anos 1950, durante a presidência Kubitschek - com sua agenda de avançar o Brasil 50 anos em 5  -, que houve essa mudança.

3) Durante os anos de colégio, eu aprendi que o nativo de Brasília é brasiliano, brasiliense ou candango. Se analisarmos à lógica histórica, brasiliano é quem está sujeito ao centralismo totalitário e ditatorial que vem desde Brasília. É por essa razão que repudio o termo brasiliano. 

4) Melhor ser brasileiro, dado que o trabalho enobrece - e extrair pau-brasil é um tipo de trabalho, principalmente se olhado a partir do que foi edificado em Ourique. Esta é, pois, a primeira classe profissional da nova terra, a primeira guilda, a mãe de todas as profissões ou vocações que decorrem do fato de tomar o Brasil como um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2016.

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/12/consideracoes-sobre-ser-brasileiro.html

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