1) Historicamente, as pessoas fogem da miséria econômica. É normal este tipo de fluxo de fuga de países totalitários para países livres.
2) Até agora, eu não conheço uma só pessoa que tenha trocado um país culturalmente vazio, ainda que rico (como o Brasil), por um país economicamente mais pobre mas que é espiritualmente rico, como a Polônia ou a Hungria.
3) Não existe pobreza maior do que a pobreza de espírito. Com tanta gente tomando o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar contra ele ou fora dele, tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo fica difícil, pois você fica imerso em algo tão vazio que isso vai te matar afogado, tamanha a pressão que esse vazio te exerce, de modo a aderir ao espírito de manada, próprio dos apátridas. Se a pessoa não tiver uma sólida formação fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, a tendência natural é o suicídio, pois nada tem sentido por aqui - num país morto, as pessoas tendem a morrer mais facilmente, pois não há modelos disponíveis de virtude disponíveis - modelos manifestos de virtude, quero dizer.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário