1.1) Quando você serve a um grupo muito grande de pessoas que confiam no seu trabalho, é natural que uma parte do grupo seja chamada a colaborar contigo por te conhecer melhor, visto que num grupo grande de leitores há níveis desiguais de afinidade com o trabalho de escritor, quando o assunto é relação deste e com aqueles. Se os mais próximos colaboram contigo, isto servirá de exemplo para os mais remotos, que passarão a colaborar contigo voluntariamente.
1.2) Isso se chama seletividade. Os mais próximos conhecem a fundo a natureza do trabalho do escritor e sobre a enorme dificuldade que é escrever, ainda mais todos os dias. É natural que os mais próximos sejam escritores como ele ou que venham a ser escritores como ele no futuro, por força da poderosa influência exercida.
2.1) No governo ocorre a mesma coisa. Os que possuem mais riqueza geralmente estão mais a par da situação financeira da pátria do que os mais pobres. Até porque, na República, as relações institucionais são movidas a base de dinheiro e não num passado comum, o que pede pessoalidade.
2.2) O problema da seletividade tributária é que o critério adotado para se determinar quem é rico e quem é pobre é arbitrário demais, dado que critérios estatísticos são muito subjetivos - e até mesmo manipuláveis.
2.3) Como esse critério é arbitrário, no final das contas isso acaba mascarando um grave problema que houve na Revolução Francesa: a igualdade na cobrança nos impostos. E o pobre acaba pagando mais imposto do que o rico e acaba sendo prejudicado, pois fica incapaz de progredir na vida - o que acaba violando a lei natural de que devemos tratar desigualmente os desiguais. E para saber quem é desigual a quem, é necessário conhecer, o que contraria o princípio da impessoalidade, coisa que rege esta falsa república, que é utópica.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2016 (data da postagem original).
1.2) Isso se chama seletividade. Os mais próximos conhecem a fundo a natureza do trabalho do escritor e sobre a enorme dificuldade que é escrever, ainda mais todos os dias. É natural que os mais próximos sejam escritores como ele ou que venham a ser escritores como ele no futuro, por força da poderosa influência exercida.
2.1) No governo ocorre a mesma coisa. Os que possuem mais riqueza geralmente estão mais a par da situação financeira da pátria do que os mais pobres. Até porque, na República, as relações institucionais são movidas a base de dinheiro e não num passado comum, o que pede pessoalidade.
2.2) O problema da seletividade tributária é que o critério adotado para se determinar quem é rico e quem é pobre é arbitrário demais, dado que critérios estatísticos são muito subjetivos - e até mesmo manipuláveis.
2.3) Como esse critério é arbitrário, no final das contas isso acaba mascarando um grave problema que houve na Revolução Francesa: a igualdade na cobrança nos impostos. E o pobre acaba pagando mais imposto do que o rico e acaba sendo prejudicado, pois fica incapaz de progredir na vida - o que acaba violando a lei natural de que devemos tratar desigualmente os desiguais. E para saber quem é desigual a quem, é necessário conhecer, o que contraria o princípio da impessoalidade, coisa que rege esta falsa república, que é utópica.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2016 (data da postagem original).
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