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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Notas sobre a questão das biografias

1.1) Toda biografia que registra a história de uma pessoa importante - de modo a se entender o passado, o presente e o futuro da pátria tal como ela é - sempre será uma biografia NÃO AUTORIZADA.

1.2) O mero fato de ela ser autorizada já caracteriza promoção pessoal - e no caso de um tirano como Fidel Castro, a mera biografia autorizada cria uma espécie de culto à personalidade, essencial para a manutenção do Estado tomado como se fosse religião, coisa bem típica de país totalitário.

2.1) Uma biografia não autorizada de uma pessoa viva não passa de especulação ou projeção daquilo que pode vir a ser. Em certos casos, tem valor como uma informação estratégica, já que isso será levado para questões que envolvam tomada de decisões políticas. E neste ponto, informações jornalísticas nesse aspecto são úteis.

2.2) Uma biografia não autorizada tem seu verdadeiro valor quando a pessoa passa a ser vista a partir do conjunto fechado de todas as suas realizações.

2.3) Esse conjunto fechado se torna seu verdadeiro legado - e este legado é o monumento sobre o qual analisaremos a vida de uma pessoa importante para a comunidade, no tocante a tomar o país como um lar em Cristo ou tomar o país como se fosse religião de Estado, em que tudo está nele e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.1) Não podemos entrar na mente dessa pessoa biografada porque esse tipo de exame de consciência só pode ser feito de maneira personalíssima, pois só de maneira personalíssima é que percebemos a nossa relação com Deus, já que Ele é juiz onisciente e só Ele é quem pode contar o que realmente somos.

3.2) Por essa razão, uma autobiografia tem muito mais valor que uma biografia feita desde fora, dado que leva em conta esta relação com esse juiz onisciente, que nos faz de instrumento de modo a edificar coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2016 (data da postagem original).

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