1) Provas são um grande incentivo à desonestidade intelectual. Se você não sabe a resposta e deixa em branco, você perde pontos; se você fala qualquer asnice, você ganha pontuação mínima, ainda que você diga coisas com coerência e observando todas as regras próprias de se bem falar/ bem escrever a língua portuguesa, enquanto instrumento de comunicação. Ou seja, a falácia tem mais valor do que a ignorância invencível - e isso vai contra Deus.
2) Sempre fui criticado por deixar questão em branco, por não saber a resposta. Mesmo que quisesse falar qualquer asnice, minha consciência não me permite, pois estaria pecando contra Deus, pois estaria dando falso testemunho do que sou.
3) Não é à toa que sou contra seleção de pessoas por meio de provas e provas e títulos. Pois a impessoalidade não avalia caráter, honestidade. Como se pode tomar o país como se fosse um lar em Cristo, se a própria seleção dos candidatos não leva como critério a integridade moral dos candidatos, sua vida pregressa antes da seleção?
4) A maior prova de que o sistema impessoal de seleção de pessoal é falho é que muitas empresas contratam pelo currículo e demitem pelo caráter. Se o fundamento da empresa é servir à comunidade, o que pede que essa produção de bens e de serviços seja organizada, então isso pede aproximação de pessoas, o que incentiva a pessoalidade. É mais fácil haver pessoalidade em cidades pequenas, onde todos se conhecem, do que em grandes metrópoles, onde a impessoalidade é a regra.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2016.
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