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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Como a rede social dá profundidade ao que é horizontal?

1.1) No mundo real, eu estou no Rio de Janeiro - durante muito tempo, meu mundo se reduziu ao círculo de pessoas que conheci por força das circunstâncias e que em nada me acrescentou a não ser aborrecimentos - e não foi à toa que cultivar a solidão me foi tão necessária, pois de alguma forma Deus tinha um plano para mim, coisa que se realizou no mundo virtual.

1.2) No mundo virtual, minha presença se multiplica em todos os pontos do planeta onde se compreenda aquilo que eu tenho a dizer aos meus pares, uma vez que a rede social é a praça pública onde se encontram a Lusitânia Antiga (Portugal), a Nova (Brasil), a Novíssima (África e Ásia) e a dispersa (qualquer lugar do mundo onde haja falantes da língua portuguesa, fazendo aquilo que o Cristo Crucificado de Ourique nos mandou fazer).

1.3) Quando estou online, dialogando com meu colega Italo Lorenzon, por exemplo, é como se estivesse emprestando minha presença física àquela localidade onde ele se encontra, em Rio Claro, por meio dos meus escritos. Logo, os meus escritos são uma linha transversal que conecta duas realidades físicas paralelas.

2.1) Não é à que o mundo virtual dá profundidade ao que é horizontal, pois minha presença se distribui a vários horizontes, uma vez que infinitas retas passam por um único ponto, estando eu na rede.

2.2) Se um horizonte singular, o da realidade se torna o meu círculo natural de influência, no sentido estrito do termo, entao a multiplicação dos horizontes, dentro do âmbito da rede social, transforma esse círculo em esfera. E tal como ocorre em Ourique, passo a ter o mundo para morrer, já que o Brasil é desdobramento de Portugal, meu berço de nascimento nas Américas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2016.

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