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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Venerável Fulton Sheen e a questão do amor de si

1) À medida que nos tornamos melhores a cada dia, mais o amor de si nos domina - isso se dá de tal forma que podemos correr até mesmo o risco de perder a noção da causa da nossa bondade: a bondade de Deus, que é infinita. Afinal, o despertar da consciência de si é uma negação da consciência do amor de Deus - e a má consciência se dá pela inconsciência, ao não dizer sim a Ele o tempo todo, sem cessar.

2) Se declararmos que somos santos ou salvos de maneira consciente e peremptória, tal como fazem os protestantes, mais estamos próximos da maldade, da sabedoria humana dissociada da divina, já que tais declarações só revelam uma má consciência, própria de alma deformada pelo amor de si, coisa que se contrapõe ao amor de Deus. Isso é tão verdadeiro que Jean-Jacques Rousseau acreditava que, dentre todos os homens, ele se julgava o mais perfeito, a tal ponto que ele abandonou seu filhos logo após nascerem - o que denota um vício grave de caráter, uma verdadeira hipocrisia.

3) A mesma coisa pode ocorrer com a beleza: quanto mais ficarmos conscientes acerca da nossa beleza, mas vaidosos nos tornamos - e isso é servir a verdade de Deus com fins vazios, já que isso é edificar liberdade para o nada.

4) A verdadeira bondade é inconsciente - a tal ponto que nós somos coisas feitas de modo a que Deus opere o bem entre nós.

Venerável Arcebispo Fulton J. Sheen

Comentários adicionais:

Róger Badalum: não há melhora social sem regeneração espiritual. Dito em outras palavras, a melhora social não pode ser colocada acima da regeneração espiritual.

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/da-relacao-entre-psicologia-humanista-e.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/o-recondicionamento-moral-e-mais.html 

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