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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

As possibilidades de ação política precisam ser imaginadas, por mais absurdas que estas sejam (notas sobre a relação entre política e literatura)

1) Se política implica possibilidades de ação, então essas possibilidades pelo menos precisam ser imaginadas primeiro. Por isso, é preciso vermos a literatura de um povo, de modo a vermos como anda a visão de um povo, tanto a real quanto a imaginada. O que está sendo debatido no Parlamento é um espelho de sua literatura.

2) A maior prova disso é que Katherine Verdery falou, em seu artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo?" em nações homossexuais (sic). Isso no ano 2000, numa época em que isso não existia, no plano da realidade. Hoje, já existe isso - ao longo do meu mural, eu já coletei reportagens esparsas sobre o tema.

3) É por isso que devemos ler a literatura comunista, uma vez que a imaginação está sendo toda ditada por eles. E como disse Albert Camus, o absurdo, por mais absurdo que seja, é a primeira verdade, mesmo que neste processo esteja toda uma sabedoria humana dissociada da divina manipulando todo o processo imaginário de modo a que o senso de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade seja distribuído entre os ingênuos, os mais incautos, que lêem um livro mais como um passatempo, como um hobby.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro de 28 de janeiro de 2016.

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