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sábado, 15 de setembro de 2018

Notas sobre a relação da escola austríaca de economia com essa questão do mundo interior, que marcou tanto a filosofia alemã quanto o liberalismo alemão

1) A economia subjetivista é fortemente relacionada com a questão da liberdade interior, tão presente na filosofia de língua alemã.

2) Como o homem é a medida de todas as coisas, então o valor está necessariamente ligado à utilidade, a ponto de ter valor relativo.

3.1) Se o homem é o valor de todas as coisas, então somente o verdadeiro Deus e verdadeiro homem é que deve ser o verdadeiro valor de todas as coisas - e esse verdadeiro Deus e verdadeiro homem é insubstituível, pois outro Deus não há. E neste ponto, cada cristão, em sua circunstância particular, deve viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus fazendo com que essas circunstâncias em que se dão sua vida particular terminem sendo um verdadeiro exemplo a ser seguindo, convertendo subjetividade em objetividade, em modelo de santidade.

3.2) Se Cristo não reinar neste aspecto, o amor de si até o desprezo de Deus reinará a ponto de relativizar o que há de mais sagrado, transformando o que é sólido em líqüido, a ponto de desmanchar-se no ar. Afinal, o mal somente prospera a partir da ausência do bem, isto é, quando não há uma ordem social onde Cristo é Rei dos reis e o rei de Portugal termine sendo seu vassalo, como se deu com D. Afonso Henriques, em Ourique.

4.1) A microeconomia é a economia das circunstâncias pessoas, que são irrepetíveis, pois cada circunstância é única para cada indivíduo, uma vez que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Dentro de nossos pequenos reinos, de nossas igrejas domésticas, somos imitadores de D. Afonso Henriques (pequenos vassalos de Cristo) e somos sacerdotes (pais de muitos filhos).

4.2.1) Aquele que se organiza de modo a servir a seu semelhante em seus dons deve imitar a Cristo de modo a ser o verdadeiro paradigma de justiça e de santificação através do trabalho. É preciso ser bom pai de família, bom esposo, bom filho, bom patrão, bom empregado, bom governante, bom comandante, a ponto de fazer dessas coisas caminho de excelência, pois a vida tem várias facetas - e uma vida estável, de santidade constante, é sempre tetraédrica, pois todos os lados são estáveis.

4.2.2) Sendo exemplo, sua amizade com Deus passa a ser ordem do dia e seu exemplo passa a ser imitado, uma vez que o exemplo arrasta. E isso é um tipo de distributivismo.

José Octavio Dettmannn

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2018.

Notas sobre o problema da liberdade interior na filosofia alemã

1) Pelo que pude acompanhar do Curso de História Essencial da Filosofia, do prof. Olavo de Carvalho, a filosofia alemã foi toda centrada na liberdade interior, tema muito relacionado a um aspecto da cultura alemã.

2) De nada adianta buscar liberdade interior se você é rico no amor de si até o desprezo de Deus. Se você não for livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, então você não será capaz de usar essa liberdade interior, aquilo que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro como a medida de todas as coisas, de modo a descobrir os outros e partilhar seus dons de modo que juntos possam crescer mutuamente, uma vez que Jesus disse que é preciso amar o próximo como a si mesmo. É preciso mortificar seu eu sistematicamente de modo que essa liberdade não seja servida com fins vazios, criando, assim, impessoalidade.

3) O problema da liberdade interior desordenada está no fato de que o país, que deveria ser tomado como um lar em Cristo, passa a ser tomado como se fosse religião, repetindo o erro dos gregos: de que a polis basta a si mesma. Se o Estado - a mais alta instituição criada pelo homem - basta a si mesmo, então tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. E isto é a prova cabal de que o liberalismo serve ao comunismo, que é totalitário por excelência.

4) Eis aqui o cerne da diferença entre nacionidade e nacionalidade em John Borneman.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2018.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Notas sobre a relação entre utilitarismo, pragmatismo e conservantismo

1.1) Algumas pessoas têm se declarado pragmáticas, ou seja, estão conservando o que é conveniente e útil para elas, sem se importarem com a verdade.

1.2) Se elas não se importam com a verdade, então elas não farão aquilo que o professor Olavo recomenda, que é rastrear a origem das coisas que consideram úteis - se fizessem isso, perceberiam que certas coisas estão à esquerda do Pai, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Por força disso, os defensores do pragmatismo político são necessariamente adeptos do conservantismo, pois estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que reduziram a própria conservação ao que é útil ao indivíduo que conserva as coisas sem levar em conta o sacrifício de Jesus, o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na Cruz.

2.2) Como utilidade é um conceito relativo, então ela ganha aspectos subjetivos, pois basta haver um amor de si exacerbado até o desprezo de Deus que isso se torna norma, a ponto de abolir o verbo que se fez carne da vida social por completo, o que faz com que a liberdade seja servida com fins vazios, o que favorece a ação dos comunistas, que prepara o caminho para os islâmicos se instalarem e destruírem tudo o que há pela frente, por meio do multiculturalismo.

3) O simples fato de haver gente que se declara de direita conservando coisas que são próprias da esquerda é um atestado de que essas pessoas são pragmáticas. E se elas não tiverem consciência do que estão fazendo, então isto é um sinal de idiotia útil sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2018 (data da postagem original).

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Às vezes, estar muito à frente de seu tempo pode levar ao atraso e à ineficiência

1) Depois que comecei a passar para as medidas atuais as medidas que eram usadas por Portugal no tempo do povoamento do Brasil, eu fiquei impressionado com o tamanho da sesmaria. É uma coisa monstruosa.

2.1) Mesmo que Portugal investisse e muito em técnicas agrícolas, mesmo que Portugal investisse em progressos técnicos de navegação, a extensão de terras de uma sesmaria era tão grande que ninguém dava conta de torná-la produtiva, a menos que constituíssem famílias muito grandes e que a terra fosse distribuída em unidades menores de modo que o maior número de pessoas possível tocasse toda essa extensão com máxima produtividade, por meio do distributivismo.

2.2) Até porque Portugal é um país com pouca gente. Mesmo que Portugal estivesse bem à frente de seu tempo, a ineficiência era tremenda, por conta das circunstâncias da época.

3) Só agora, mais recentemente, é que áreas de 40 mil a 50 mil hectares conseguem ser produtivas, graças à mecanização dos campos, pois os tratores têm GPS. É graças à essa tecnologia que uma área do tamanho de uma sesmaria pode se tornar uma área produtiva, uma vez que agora é possível concentrar os poderes de usar, gozar e dispor sem que a eficiência seja perdida.

4.1) Olhando por esse ângulo, a lei das sesmarias em Portugal estava muito, mas muito à frente de seu tempo.

4.2) Se o Brasil fosse povoado nesta circunstância atual, aplicar a lei portuguesa seria muito mais fácil, pois os magistrados levariam um dia de avião para chegar ao Brasil e poderiam se comunicar com a Coroa, relatando tudo o que acontecesse por aqui em tempo real. E isso certamente fez muita falta naquela época.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre a cultura de corrupção no Brasil

Se 1 sesmaria fosse dividida em duas partes iguais, admitindo que ela tivesse 6 léguas de frente x 6 léguas de fundo, então a medida dessa nova fazenda seria de 3 léguas de frente x 3 léguas de fundo => 9 léguas quadradas => aproximadamente 400 km² de área.

1 km² são 100 hectares => 400 x 100 => 40 mil hectares de terra. Ainda assim, um latifúndio.

1) Para um comunista, uma área acima de 10 mil hectares já é um latifúndio.

2) O problema é que estão muito fora da realidade. Os tais latifúndios atuais são terras médias, perto do que é uma sesmaria, ainda que dividida em duas partes iguais.

3) Se os 40 mil hectares fossem divididos a ponto de formar um minifúndio, então um cidadão comum teria espaço suficiente para produzir alimentos para satisfazer, além das necessidades de sua família, as necessidades do mundo inteiro.

4.1.1) O problema dos latifúndios está na concentração do poder de gozar, usar e dispor em poucas mãos.

4.1.2) Este é o verdadeiro problema - e neste ponto, os distributivistas estão corretos, pois muito poder de usar, gozar e dispor nas mãos de um só homem gera arbítrio, a ponto de servir liberdade com fins vazios, o que leva tudo o que é mais sagrado a ser sistematicamente relativizado. Além disso, há a cultura da riqueza que é vista como um sinal de salvação, o que agrava ainda mais as coisas.

4.2.1) A concentração desses poderes em poucas mãos gera gera ineficiência administrativa, pois fica muito difícil administrar as coisas, de modo a fazer com que a terra produza com o maior rendimento possível.

4.2.2) Além disso, a concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos leva ao abuso de direito, o que leva a um conflito sistemático de interesses qualificado pela pretensão resistida. E o Estado será forçado a ter que dizer o direito sistematicamente. Como cada juiz é uma sentença, então a tendência é haver injustiça sistemática.

5.1) Quando Portugal implementou o sistema de sesmarias no Brasil, sem querer acabou criando uma cultura de corrupção por aqui.

5.2) Além do muito poder em poucas mãos, o fato de o Brasil estar muito distante de Portugal fez com que a Ordenação Afonsina fosse pouco observada. Como a justiça não era aplicada, isso gerava uma cultura de mandonismo local, coisa que leva à má consciência sistemática, a ponto de estar arraigada entre nós faz muitas gerações. Isso sem mencionar que Portugal tinha população pequena e era muito difícil encontrar mão-de-obra qualificada a ponto de dizer o direito com justiça. Seria preciso um batalhão de juízes e de servidores públicos de modo a poder fazer valer a lei portuguesa no Brasil.

5.3.1) Nos tempos atuais, com a internet, a gente é capaz de saber das coisas em tempo real - mas naquela época não havia isso.

5.3.2) O recurso até o desembargo do paço tinha que cruzar os mares, cuja travessia durava meses. A justiça era demorada, o que favorecia a impunidade. Enfim, o Estado era ineficiente em razão da distância do Brasil em relação a Portugal, bem como em relação ao fato de haver muito poder de usar, gozar e dispor que era dado ao capitão donatário. E muito poder em poucas mãos leva ao arbítrio.

6.1) Portugal aplicou no Brasil o mesmo sistema que levou a povoar com sucesso as terras ao sul de Portugal.

6.2) Acreditavam que tal iniciativa iria produzir os mesmos resultados, mas não deu certo, em razão da distância em relação à pátria-mãe, o que demanda um tempo muito grande para ser percorrida e certamente isso afeta a qualidade do trabalho jurisdicional.

6.3) Não é à toa que Portugal teve de implementar um sistema de Governo Geral, de modo que a justiça fosse melhor aplicada aqui.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Aprendendo por números 3 - extensão de uma sesmaria

1 Légua = 6,660 metros

1 sesmaria = 3 léguas de frente x 6 léguas de fundo => 18 léguas

18 x 6.660 => 119.880 metros => 120 km, aproximadamente

1) Por isso que o Brasil é grande. A sesmaria é um latifúndio tão grande, mas tão grande, que ninguém dava conta de produzir numa área tão grande, uma vez que Portugal é um país pequeno e "carente de braços".

2) Como os índios eram nômades, então certamente as áreas ocupadas não afetavam a sobrevivência dos índios, uma vez que o nomadismo cobre áreas maiores do que isso. Além disso, era muito comum os índios venderem as terras a quem quisesse ocupá-las ou dá-las como presente a quem fosse recém-chegado, o que certamente favorecia e muito a missão de servir a Cristo em terras distantes.

3.1) Os esquerdistas condenam o latifúndio, mas os latifúndios de hoje em dia são terras médias, perto da sesmaria.

3.2) Isto é prova cabal de que eles estão muito fora da realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.

Aprendendo por números 1 - é melhor já ir se acostumando

45 (PSDB) - 15 (PMDB) = 30 (NOVO)

30 (NOVO) - 13 PT = 17 PSL

17 é o único número primo entre e 13 e 19. É melhor Jair se acostumando - do contrário, vá pentear macaco.