1) Pelo que pude acompanhar do Curso de História Essencial da Filosofia, do prof. Olavo de Carvalho, a filosofia alemã foi toda centrada na liberdade interior, tema muito relacionado a um aspecto da cultura alemã.
2) De nada adianta buscar liberdade interior se você é rico no amor de si até o desprezo de Deus. Se você não for livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, então você não será capaz de usar essa liberdade interior, aquilo que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro como a medida de todas as coisas, de modo a descobrir os outros e partilhar seus dons de modo que juntos possam crescer mutuamente, uma vez que Jesus disse que é preciso amar o próximo como a si mesmo. É preciso mortificar seu eu sistematicamente de modo que essa liberdade não seja servida com fins vazios, criando, assim, impessoalidade.
3) O problema da liberdade interior desordenada está no fato de que o país, que deveria ser tomado como um lar em Cristo, passa a ser tomado como se fosse religião, repetindo o erro dos gregos: de que a polis basta a si mesma. Se o Estado - a mais alta instituição criada pelo homem - basta a si mesmo, então tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele ou contra ele. E isto é a prova cabal de que o liberalismo serve ao comunismo, que é totalitário por excelência.
4) Eis aqui o cerne da diferença entre nacionidade e nacionalidade em John Borneman.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2018.
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