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sábado, 1 de setembro de 2018

Notas sobre a questão da moeda fiduciária, no tocante à liberdade bancária

1) Durante minhas investigações sobre a questão da moeda fiduciária, eu percebi que há um outro tipo de liberdade bancária: se a moeda for lastreada na principal riqueza local e se tiver a garantia de que Estado não vai ser tomado como se fosse religião e que não vai manipular o valor da moeda, então o investimento produtivo nessa moeda estará lastreado no princípio da confiança, o que é essencial para a paz pública e para a estabilidade social. Afinal, o Estado foi criado para servir ao homem - e como o homem tem sua razão de ser vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então o Estado deve se submeter ao magistério da Igreja, que é a esposa de Cristo, nunca ao amor de si dos homens a ponto de desprezarem Deus, o que edifica liberdade com fins vazios.

2) Afinal, se a moeda é como se fosse uma ação, uma vez que eu tenho direito a uma parte de todas as riquezas do país, então o lastro serve de garantia, uma vez que estou emprestando ao Estado minha confiança de modo que este edifique um bem comum e faça o país ser tomado como um lar em Cristo, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E essa confiança se dá na forma de tributos, onde sacrifico parte de minha renda de modo que esse compromisso se torne uma realidade concreta.

3) Como moeda é um símbolo de justiça, somente autoridades da mais alta nobreza, e com passado de servir ao governo e ao povo da localidade, é que podem emitir moeda. Afinal, produzir riqueza é uma atividade organizada, de altíssima responsabilidade - como é atividade que afeta a todos ao redor, trata-se de atividade pública no sentido mais amplo do termo, pois envolve toda a sociedade e o governo, já que isso edifica ordem. E o caráter da ordem é promover a integração entre as pessoas, distribuindo responsabilidades a elas a ponto de tomarem o país que estão ajudando a construir como um lar em Cristo, o que certamente preparará a todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E este é o verdadeiro fundamento de uma tradição fundada na vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2018.

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