1) Uma
libertação política pressupõe um culto litúrgico adequado. Quando vai
dirigir-se ao Faraó comunicando a mensagem de Deus, Moisés diz a rei do
Egito que liberte os israelitas para que possam prestar culto ao Senhor
no deserto.
2) Posteriormente, vemos que uma vez libertos da
escravidão no Egito, antes de adentrarem a Terra Prometida, Israel
recebe ordens minuciosas para o culto divino. Apenas após a perfeita
instituição e realização adequada da liturgia própria do Antigo Testamento é que o
povo eleito se coloca em marcha, rumo à conquista da Terra Prometida.
3) O análogo com o nosso tempo é inevitável: não haverá nenhuma libertação
política satisfatória antes de uma correta e piedosa purificação da
liturgia.
Edmundo Noir
Facebook, 20 de setembro de 2018.
Postagem original:
https://web.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2191646957740971&id=100006870648814&__xts__%5B0%5D=68.ARDMqlVx2J4h3fH-WernrEv1J9TJC_OpZZLZFqJJ4ipUJPC5a_DxVVIJfq0il3DAxravkJFJ4Ybf8LjVOKJ4P1-tnF0Y7a2JIvqYUSElBOihsatjL9tyqJmpTCqDV1Kj74-UGMtLn5nkScpO6_knDQ8BpwTzQyNvJ_PUIZjUWT-DBwAhXzUBCg&__tn__=-R
Comentários adicionais
Joathas Bello:
1) Para quem crê, a adoração a Deus é o centro da existência. Para o católico, essa verdade revela a centralidade da Liturgia em sua vida. Esta deve ser escola de adoração, que nos ajude a viver o Mistério de Deus celebrado em seus ritos, vivendo a partir deste Mistério em nosso cotidiano.
2) Alguns sacerdotes, sob o pretexto de romper uma possível antinomia entre a Fé e a vida, procuram que a Liturgia, tida como incompreensível, seja mais "simples", mais "popular". A única coisa que conseguem é empobrecê-la, torná-la vulgar, banal. Assim, a vida (dessacralizada) transforma-se na regra da Fé, ao invés da Fé tornar-se a regra da vida! O resultado é um culto equívoco, muitas vezes dirigido à própria emoção, à mera fraternidade, às músicas e aos sacerdotes "animados"... – o que leva à desorientação espiritual.
2) Alguns sacerdotes, sob o pretexto de romper uma possível antinomia entre a Fé e a vida, procuram que a Liturgia, tida como incompreensível, seja mais "simples", mais "popular". A única coisa que conseguem é empobrecê-la, torná-la vulgar, banal. Assim, a vida (dessacralizada) transforma-se na regra da Fé, ao invés da Fé tornar-se a regra da vida! O resultado é um culto equívoco, muitas vezes dirigido à própria emoção, à mera fraternidade, às músicas e aos sacerdotes "animados"... – o que leva à desorientação espiritual.
3) Os momentos críticos da história de Israel, no exílio, nasceram durante as crises de adoração, durante períodos de idolatria. A questão litúrgica é de uma importância vital: vivendo equivocadamente a Liturgia, vivemos "desterrados", longe da Pátria Celeste! E nem mesmo encontramos o sentido de nossa tarefa no mundo...
(transcrito deste blog: https://ictys.blogspot.com/2005/)
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