1.1) Um dos cinco efeitos na cultura de ocupação das coisas de modo a exercer uma atividade economicamente organizada está no fato de que as pessoas se associam umas às outras, o que leva uma integração entre elas. É da cultura sistemática de integração entre elas, por força do convívio, que há uma cultura de vida em comunidade (comunitarismo).
1.2.1) Como o Brasil foi fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, então a escola para esse chamado se dá servindo aos que estão mais próximos de você, seja dentro de sua própria família, seja dentro da vida paroquial.
1.2.2) Como o círculo social mais próximo prepara o caminho para que se sirva a um círculo social mais amplo - composto por pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que estejam geograficamente mais distantes de você -, então isso faz com que o princípio da integração entres pessoas, algo que é próprio da vida gregária, acabe gerando um senso de responsabilidade pessoal que é distribuído a todos aqueles que estejam dispostos a fazer disso uma vocação - pelos menos, ao maior número pessoas possível, uma vez que sempre haverá uma minoria insensata, que fará do amor de si até o desprezo de Deus a razão de ser de suas vidas vazias.
2.1) A cultura de vida gregária é a matriz da consciência coletiva, pois o indivíduo é necessariamente parte desse sistema de solidariedade social (solidarismo), uma vez que ele não pode ser descartado, já que ele é homem, criatura muito amada por Deus.
2.2) Como os indivíduos virtuosos são peças de difícil reposição, já que a própria presença deles constitui um bem escasso, então as pessoas que testemunham seu trabalho economicamente organizado acabam desenvolvendo um senso de dever moral e acabam espontaneamente se quotizando de modo que a atividade por ele organizada termine sendo por elas sustentada, pois o que este indivíduo faz é virtuoso, uma vez que sua obra está em conformidade com o Todo que vem de Deus, já que é insensato reduzir um indivíduo, em toda a sua complexidade natural, a uma mera função econômica, o que leva necessariamente ao descarte, algo que em si mesmo é odioso.
2.3.1) Essa quotização é uma espécie de seguro - ela não partiu do Estado, mas das pessoas que reconheceram um bem naquele trabalho, a ponto de acabar se tornando um princípio de ordem pública, criando ao Estado o dever de proteger essa cultura fundada na lealdade natural. Essa quotização não é só um meio como também é uma mensagem bem clara - trata-se de um atestado de reconhecimento social sistemático de que essa atividade economicamente organizada criada pelo empresário virtuoso é benéfica à sociedade como um todo, o que acaba fazendo que essa atividade se expanda, criando uma espécie de capitalização moral. A própria remuneração pelo serviço prestado é a prova desse seguro. Para o empresário virtuoso, ter sua atividade reconhecida pela sociedade, sem apelar à propaganda, é ganho sobre a incerteza, já que vivemos num país dominado por um governo totalitário, que rejeitou ao crucificado de Ourique e está assassinando todo o nosso passado histórico de modo a criar um ilusão de independência, de soberania nacional.
2.3.2) Se a base do poder se encontra dispersa em toda a sociedade, então o reconhecimento dessa atividade economicamente organizada leva à sua legitimação enquanto organizadora da polis, pois ela representa a sociedade naquilo que ela tem de melhor, a ponto de tornar uma espécie de lastro que termina servindo de base para a criação de novas riquezas futuras - e isso é um produto cultural. Isso é uma espécie de empoderamento fundado no amor de Deus, nunca no amor de si até o desprezo de Deus.
2.3.3) A maior prova disso é muitos querem trabalhar na empresa daquele indivíduo porque ele é virtuoso, um benfeitor, um amigo de Deus - e por força disso acabam se preparando de modo a poderem trabalhar naquela organização, que é acessório que a sorte do principal: o empresário virtuoso, pois o exemplo arrasta, uma vez que uma empresa economicamente organizada, que serve sistematicamente a todos da sociedade da melhor forma possível, acaba levando a muitos a se organizarem economicamente de modo a servirem naquela empresa, a ponto de planejarem as suas carreiras de modo que possam ganhar experiência nela e assim criarem suas próprias empresas, criando uma espécie de família onde a empresa do empresário virtuoso acaba servindo de alma mater para outros empresários, que acabam atuando em ramos que complementem à atividade economicamente organizada daquela empresa virtuosa ou atuando em outras áreas geográficas onde essa empresa virtuosa não é capaz de atuar, por alguma razão qualquer.
3.1) Isso leva a um tipo de distributivismo, pois muitos terminam dedicando suas vidas e suas carreiras de modo a colaborarem para a lapidação sistemática e permanente dessa jóia, o que faz com que o país seja tomado como um lar em Cristo.
3.2) A empresa, por força disso, pode parecer grande, mas é pequena, uma vez que ela não está concentrando os poderes de usar gozar e dispor em poucas mãos. Na verdade, ela é grande porque ela acaba servindo de escola de modo que os poderes de usar, gozar e dispor estejam sempre nas mãos do maior número de pessoas possível, uma vez que o bom empresário - por ser bom pai de família, bom marido, bom cidadão tanto na cidade de Deus quanto na cidade dos homens - não deseja ter poder sobre nenhum homem, uma vez que ele não é Deus.
3.3) É por conta dessa consciência reta, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, que ele acaba criando uma espécie de política virtuosa, que acaba se tornando um legado, algo que as pessoas se esforçam em não esquecer sistematicamente falando, o que acaba cria uma espécie de tradição, uma espécie de democracia dos mortos, uma vez que o benfeitor permanece vivo entre nós, já que ele imitou a Cristo a vida inteira. E toda e qualquer tentativa de assassinar esse monumento acabará gerando uma reação violenta, a ponto de punir o que tenta assassinar esse monumento com a morte, pois tal tentativa é um crime hediondo. Este é o melhor seguro de vida que há.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2018 (data da postagem original)..
1.2.1) Como o Brasil foi fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, então a escola para esse chamado se dá servindo aos que estão mais próximos de você, seja dentro de sua própria família, seja dentro da vida paroquial.
1.2.2) Como o círculo social mais próximo prepara o caminho para que se sirva a um círculo social mais amplo - composto por pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que estejam geograficamente mais distantes de você -, então isso faz com que o princípio da integração entres pessoas, algo que é próprio da vida gregária, acabe gerando um senso de responsabilidade pessoal que é distribuído a todos aqueles que estejam dispostos a fazer disso uma vocação - pelos menos, ao maior número pessoas possível, uma vez que sempre haverá uma minoria insensata, que fará do amor de si até o desprezo de Deus a razão de ser de suas vidas vazias.
2.1) A cultura de vida gregária é a matriz da consciência coletiva, pois o indivíduo é necessariamente parte desse sistema de solidariedade social (solidarismo), uma vez que ele não pode ser descartado, já que ele é homem, criatura muito amada por Deus.
2.2) Como os indivíduos virtuosos são peças de difícil reposição, já que a própria presença deles constitui um bem escasso, então as pessoas que testemunham seu trabalho economicamente organizado acabam desenvolvendo um senso de dever moral e acabam espontaneamente se quotizando de modo que a atividade por ele organizada termine sendo por elas sustentada, pois o que este indivíduo faz é virtuoso, uma vez que sua obra está em conformidade com o Todo que vem de Deus, já que é insensato reduzir um indivíduo, em toda a sua complexidade natural, a uma mera função econômica, o que leva necessariamente ao descarte, algo que em si mesmo é odioso.
2.3.1) Essa quotização é uma espécie de seguro - ela não partiu do Estado, mas das pessoas que reconheceram um bem naquele trabalho, a ponto de acabar se tornando um princípio de ordem pública, criando ao Estado o dever de proteger essa cultura fundada na lealdade natural. Essa quotização não é só um meio como também é uma mensagem bem clara - trata-se de um atestado de reconhecimento social sistemático de que essa atividade economicamente organizada criada pelo empresário virtuoso é benéfica à sociedade como um todo, o que acaba fazendo que essa atividade se expanda, criando uma espécie de capitalização moral. A própria remuneração pelo serviço prestado é a prova desse seguro. Para o empresário virtuoso, ter sua atividade reconhecida pela sociedade, sem apelar à propaganda, é ganho sobre a incerteza, já que vivemos num país dominado por um governo totalitário, que rejeitou ao crucificado de Ourique e está assassinando todo o nosso passado histórico de modo a criar um ilusão de independência, de soberania nacional.
2.3.2) Se a base do poder se encontra dispersa em toda a sociedade, então o reconhecimento dessa atividade economicamente organizada leva à sua legitimação enquanto organizadora da polis, pois ela representa a sociedade naquilo que ela tem de melhor, a ponto de tornar uma espécie de lastro que termina servindo de base para a criação de novas riquezas futuras - e isso é um produto cultural. Isso é uma espécie de empoderamento fundado no amor de Deus, nunca no amor de si até o desprezo de Deus.
2.3.3) A maior prova disso é muitos querem trabalhar na empresa daquele indivíduo porque ele é virtuoso, um benfeitor, um amigo de Deus - e por força disso acabam se preparando de modo a poderem trabalhar naquela organização, que é acessório que a sorte do principal: o empresário virtuoso, pois o exemplo arrasta, uma vez que uma empresa economicamente organizada, que serve sistematicamente a todos da sociedade da melhor forma possível, acaba levando a muitos a se organizarem economicamente de modo a servirem naquela empresa, a ponto de planejarem as suas carreiras de modo que possam ganhar experiência nela e assim criarem suas próprias empresas, criando uma espécie de família onde a empresa do empresário virtuoso acaba servindo de alma mater para outros empresários, que acabam atuando em ramos que complementem à atividade economicamente organizada daquela empresa virtuosa ou atuando em outras áreas geográficas onde essa empresa virtuosa não é capaz de atuar, por alguma razão qualquer.
3.1) Isso leva a um tipo de distributivismo, pois muitos terminam dedicando suas vidas e suas carreiras de modo a colaborarem para a lapidação sistemática e permanente dessa jóia, o que faz com que o país seja tomado como um lar em Cristo.
3.2) A empresa, por força disso, pode parecer grande, mas é pequena, uma vez que ela não está concentrando os poderes de usar gozar e dispor em poucas mãos. Na verdade, ela é grande porque ela acaba servindo de escola de modo que os poderes de usar, gozar e dispor estejam sempre nas mãos do maior número de pessoas possível, uma vez que o bom empresário - por ser bom pai de família, bom marido, bom cidadão tanto na cidade de Deus quanto na cidade dos homens - não deseja ter poder sobre nenhum homem, uma vez que ele não é Deus.
3.3) É por conta dessa consciência reta, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, que ele acaba criando uma espécie de política virtuosa, que acaba se tornando um legado, algo que as pessoas se esforçam em não esquecer sistematicamente falando, o que acaba cria uma espécie de tradição, uma espécie de democracia dos mortos, uma vez que o benfeitor permanece vivo entre nós, já que ele imitou a Cristo a vida inteira. E toda e qualquer tentativa de assassinar esse monumento acabará gerando uma reação violenta, a ponto de punir o que tenta assassinar esse monumento com a morte, pois tal tentativa é um crime hediondo. Este é o melhor seguro de vida que há.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2018 (data da postagem original)..
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