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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Contra o pensamento único fundado na cultura de massa, busquemos o pensamento que una a multiversidade das nuances fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus

1) Depois de muito penar, achei a fórmula para não me estressar com o pensamento único de facebook: escrever sobre aquilo que sei.

2) Enquanto todo mundo (ou quase todo mundo) estava discutindo o menino do Acre, sobre a van assassina de Barcelona, sobre a crise humanitária da Venezuela e sobre se o nazismo é de direita por conta dos incidentes em Charlottesville, eu estava discutindo assuntos pertinentes àquilo que venho estudando.

3.1) Quem estuda história não está no mundo da lua.

3.2) Nosso destino foi traçado por conta daquilo que foi fundado em Ourique - cabe a nós buscarmos os melhores meios de modo a servirmos a Cristo nestas terras distantes, seja extraindo pau-brasil ou escrevendo, tal como acontece comigo.

3.3) A maioria do povo ignora sua origem - e se ignora sua origem, então não sabe de onde veio, nem para onde irá. Por isso que este país é uma eterna arca à deriva. Não é à toa que esse papo de soberania e independência não passa de estar no mundo da lua, como bem disse o Olavo.

4) Pena que sou apenas uma voz - nestas circunstâncias, pareço ser a voz rouca do deserto, que aponta para a necessidade de chamarmos a Polônia para nos ajudar nisso que nos afeta, já que Portugal, no momento, não está podendo nos ajudar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017.

Notas para quem estuda meu pensamento mais seriamente

1) Se você encontrar alguma falha nos escritos que produzi, sinta-se à vontade para falar comigo e me corrigir, pois eu adoro ser corrigido. Ainda estou vivo, graças ao bom Deus - por isso, aproveitem e estudem de modo a me corrigirem onde eu falhar.

2) Todos os que discordaram do meu pensamento, aqui no facebook, agiram peremptoriamente, pois jamais tiveram ou terão o trabalho de ler tudo o que escrevi - e são mais de 3500 artigos, produzidos em três anos e meio de trabalho. Quem me lê certamente precisará de mais de três anos e meio de muito trabalho, pois precisará ler o que li, aprender polonês como aprendi e ler meu mural, sobretudo o que compartilhei.

3) Eu amo a verdade e estudo as coisas de maneira séria. Se eu falhar, eu aceito ser corrigido - e dou graças a Deus por ter gente assim.

4) Não tenho o mesmo conhecimento que o professor Olavo ou o professor Loryel, mas me comprometo em fazer um trabalho sério. E se faço um trabalho sério, então eu mereço ser estudado de maneira séria.

Atenciosamente,

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017.

Notas sobre um caso de intervenção que não foi levado em conta

1.1) É fato sabido que não foi o povo do Brasil - o que toma o Brasil como um lar, apesar desta República - quem rompeu com Portugal e com aquilo que foi fundado em Ourique, sob o nome tenebroso de "independência".

1.2) O ato de apatria foi praticado pelo príncipe regente D. Pedro, que traiu seu pai, sob a alegação de que o Brasil era colônia de Portugal (basta ver o curso do professor Loryel Rocha, com base na palestra que o professor Tito Lívio Ferreira fez em Portugal nos anos 50, que vocês saberão de todos os pormenores).

1.3) Como o Império foi o ato de transição que pavimentou o caminho para este assombro chamado "República", então em nenhum momento de nossa história, até 2014, o povo foi o timoneiro desta eterna arca à deriva que foi criada ao romperem com aquilo que foi fundado em Ourique.

2.1) Como a Constituição Brasileira fala que a nacionalidade é requisito essencial para o exercício do ato de votar, que é uma verdadeira farsa, então só nos resta um ato possível: pedir a nacionalidade de outro povo que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e os poloneses atendem a esse requisito.

2.2) Se o povo começar a pedir a nacionalidade sistematicamente aos poloneses - esses que atualmente amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, da mesma forma como houve em Ourique -, isso já é indicativo de que a República brasileira é ilegítima, como também é uma forma de reverter o ato de apatria criado por D Pedro I.

2.3.1) A onda de naturalizações em massa de modo a fugir da opressão deste governo de apátridas é, pois, uma forma de secessio plebis.

2.3.2) Como os bens privados dos que se naturalizaram permanecerão em poder das mesmas pessoas, então o governo polonês terminará interferindo de maneira legítima de modo a proteger seus novos cidadãos, pois o verdadeiro fundamento da nacionalidade é tomar o país como um lar amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, contando com a proteção de um governo honesto e conforme o Todo que vem de Deus.

2.3.3) Como o mundo português foi fundado dessa forma - e o Brasil é desdobramento disso -, então é perfeitamente legítimo que a Polônia interfira e acabe com esta República maldita, a qual prepara o caminho para o comunismo.

3.1) Eu não contaria com o Exército, por conta do fato de que foram eles que nos colocaram neste vespeiro.

3.2) E eu não vejo até agora mostras de que a caserna expulsou os bodes (os maçons) de seus recintos. Por isso que não advogo intervenção militar, pois isso é conservar o Estado revolucionário desta República, filha do ato de apatria gerado por D. Pedro I. E eu não tolero esse conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017.

Se Cristo é Rei da Polônia, então a monarquia foi restaurada. Só falta reinstituir o vínculo de vassalagem, que foi quebrado com o a República

1) Não é preciso lutar pela restauração da monarquia na Polônia - se Cristo foi proclamado Rei da Polônia, então a monarquia foi restaurada.

2) O segundo passo é colocar um vassalo que seja fiel a Cristo e que sirva aos poloneses que se encontram na Polônia e que estejam em terras distantes, por terem imigrado onde houvesse um sacerdote servindo a Cristo em terras distantes. Isso sem contar os que não são nascidos na Polônia, muito menos de sangue polonês, mas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de tomarem a Polônia como seu lar tanto quanto tomaram Portugal tendo por Cristo fundamento, em Ourique.

3.1) Como vassalagem a Cristo é uma questão de Estado e é pensada para as próximas gerações, então será natural que o descendente do último vassalo de Cristo que reinou na Polônia volte a reinar sobre estas terras.

3.2) No caso da família Duda, por terem feito o que fizeram, cedo ou tarde um descendente do atual presidente pode ser chamado a ser vassalo de Cristo pelo bem da Polônia.

3.3) Eu aceitaria de bom grado ter um vassalo de Cristo como Andrzej Duda regendo o mundo português enquanto um descendente de D. Afonso Henriques não volta ao trono. Se os Bragança não honrarem aquilo que foi fundado em Ourique, então que a regência fique na mão dos Duda. Se eles amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então eles tomarão Portugal (todo o mundo português) como seu lar tanto quanto a Polônia o foi.

4) Por isso que sou nacionista e não nacionalista, pois um cristão verdadeiro não é estrangeiro, muito menos alienígena.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017.

Sobre a questão de me naturalizar polonês

1.1) Se a coisa apertar, é pra Polônia que quero ir. 

1.2) Se os que nasceram aqui conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, eu me naturalizo polonês, pois os poloneses amam e rejeitam as mesmas coisas tal como eu faço - e por isso, quero ter laços com esse povo, pois tomo aquele país como se meu lar fosse, pois Cristo é o fundamento, tal como se deu em Ourique.

2.1) Só volto a ser brasileiro quando a monarquia voltar ou tiver uma chance real de ser restaurada.

2.2.1) Afinal, não devemos nos meter com coisas republicanas, pois elas estão fora da conformidade com o Todo que vem de Deus e daquilo que foi edificado em Ourique.

2.2.2) Se a nacionalidade brasileira é requisito sine qua non para se envolver em coisas republicanas, como estas eleições fraudadas na urna eletrônica da Smartmatic, então é sensato recusar esta imposição que nos é dada desde o nascimento. Afinal, não tomo meu país como se religião fosse, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.1)  Como já falei, só aceito ter vínculos com aqueles que tomam o país como um lar tendo por Cristo fundamento - ao tomarmos o país como um lar, nós o defendemos das agressões internas e externas. Como o Brasil rompeu com aquilo que foi fundado em Ourique, a ponto de chamar isso de "independência", então não aceito ter vínculos com aquilo que é voltado para o nada.

3.2) Afinal, só posso amar o Brasil conhecendo a verdade, a razão pela qual esta terra foi fundada. E só posso aprendê-la estudando a história do mundo português como um todo - tudo de deve começar em Portugal e deve passar todo o processo de povoamento desta terra tendo por Cristo fundamento e pelos problemas decorrentes dessa ruptura com Portugal. É assim que tomarei o Brasil como um lar.

3.3) Como a maioria das pessoas abomina o conhecimento, então tomo-as como se apátridas fossem, já que não amam e rejeitam as mesmas coisas tal como eu faço: tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017.

Por que não farei tarde de autógrafos?

1) Tarde de autógrafos para promover o livro? Estou fora! Prefiro o boca-a-boca - se a pessoa gosta do meu livro, então ela vai na loja e compra. Caso ela queira meu autógrafo ou tirar uma foto comigo, que ela me convide para sua casa, para conversar comigo. Nunca gostei da impessoalidade - e quem me conhece sabe bem disso.

2.1) Além disso, na tarde de autógrafos, eu terei o desprazer de ver algumas pessoas que já bloqueei no passado por serem pessoas ricas em má consciência. Certamente, elas comprarão meu livro com o intuito de refutar meu trabalho pela via da desonestidade intelectual ou assassinar a minha reputação.

2.2) Acho que seria prudente numerar os exemplares - se algum elemento pernicioso vier a comprar o livro, a compra será recusada. O dinheiro será até devolvido, pois dinheiro de gente desonesta eu não quero.

2.3) Afinal, eu não sou capitalista - sou distributivista até a medula. E no distributivismo, o vendedor conhece o comprador e o comprador conhece o vendedor, uma vez que ambos amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Afinal, eu estou numa guerra cultural - e a economia de mercado num ambiente de multiculturalismo, de relativismo moral e de liberdade voltada para o nada favorece a vigarice de toda sorte.

3.2) Quero desarmar de antemão meus inimigos - meu livro não será munição para os irmãos Velasco assassinarem minha reputação, muito menos para mitômanos contumazes, como o infame José Arthur Sedrez.

3.3) Por isso, como dono do produto que eu mesmo produzo, posso censurar os indignos, os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade - e neste ponto eu exerço meu próprio governo, já que não reconheço a autoridade desta República golpista e de suas leis, que estão fora da lei natural. Afinal. se conhecimento é poder, então eu estou exercendo de certo modo o poder das chaves, pois estou ligando gente honesta que está na Terra ao Céu e desligando os apátridas, pois a desonestidade os mata para a vida intelectual, que é uma prévia do fogo eterno, se não houver sincera mudança de vida, metanóia.

3.4.1) Não é à toa que prefiro trabalhar com porteira fechada - assim, posso detectar o vigarista de antemão e negar-lhe a venda de meu produto a ele.

3.4.2) Quem compra meu produto sabe eu amo a verdade - e não é com dinheiro que você vai comprar a munição necessária para assassinar a minha reputação, muito menos de tudo aquilo que eu acredito.

3.4.3) Se você quiser ter o direito de comprar meu livro, ao menos seja honesto comigo alguma vez na vida. Debata idéias comigo e não fique falando mal da Mãe do Meu Senhor ou da Santa Madre Igreja Católica. Assim, você terá meu respeito e te deixarei comprar meu livro. É isso que vou fazer, desde a primeira edição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2017 (data da postagem original).

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Por que o corporativismo é espírito de porco sistemático?

1) Há uma expressão em francês chamada "esprit de corps" (espírito de corpo ou corporação). Nele podemos ver os laços que uma pessoa tem com o seu grupo serem tomados como se fossem um ser, um sujeito de direito.

2) Essa questão de espírito de corpo pode se tornar um espírito de porco sistemático se esse ser for reduzido a uma coisa feita de modo a servir egoisticamente a quem está dentro da instituição, pois é da perversão do espírito de corpo que vem o corporativismo, uma vez que o corpo (a corporação de ofício) foi tomada como se fosse religião, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de um Estado por se formar dentro do Estado, criando uma espécie de poder paralelo. E é neste ponto que o agente público se torna um parasita, ao reduzir a política a uma verdadeira fisiologia - e nela o poder se reduz a um balcão de negócios, como vemos em Brasília.

3.1) O espírito de corpo tem sua origem na família; nela as pessoas aprendem a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) Como o idem velle, idem nolle é fundamento para a sobrevivência, para a vida econômica de uma nação de modo que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, então era natural que as pessoas de uma determinada atividade profissional se juntassem a outras da mesma atividade profissional neste fundamento. E é daí que surgem as guildas, as corporações de ofício.

4.1) O mestre de uma corporação de ofício agia como um irmão para os seus companheiros, um bom chefe para seus comandados e um pai para os aprendizes. Ele era a figura do pai, nos termos da atividade profissional organizada - e ele lutava pelos interesses da classe profissional, de modo que não fosse prejudicada por força dos interesses de outra classe profissional, uma vez que na guilda não havia o conflito entre o capital e o trabalho, mas unidade fundada no fato de se viver junto e de se trabalhar junto.
4.2) O mestre de uma corporação de ofício tinha dois corpos funcionais: era tanto empresário como também dirigente de sindicato, uma vez que a guilda era uma associação de famílias que amavam e rejeitavam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - esse senso era aplicado na prática, na atividade profissional.

5.1) De modo que houvesse a concórdia entre as classes produtivas, havia a Igreja Católica, que fazia com que as coisas se tornassem orgânicas espiritualmente, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus; onde não houvesse eucaristia, não haveria unidade, muito menos senso de se conservar a dor de Cristo.

5.2) Afinal, os que rezam devem provar as coisas de modo a ver nelas a figura de Cristo, que é sumo legislador de todas as coisas. Como cabe a quem legisla fiscalizar quem executa as coisas de modo que o país seja tomado como se fosse um lar, então nada mais justo que corporação de ofício imitasse em suas atividades organizadas aquilo que havia na Igreja, pois o Rei dos Reis era carpinteiro - ou seja, exerceu um ofício, antes de ser sumo sacerdote.

5.3.1) Em matéria de unidade territorial - fundada no poder temporal, de modo a se reger o bem comum e dizer o direito com justiça - havia a figura do primeiro cidadão da cidade: os príncipes, responsáveis pela defesa da cidade em face de um ataque inimigo.

5.3.2) Os príncipes são a mônada do rei, a menor partícula que rege as coisas de modo que a cidade dos homens seja um espelho da cidade de celestial, uma vez que Cristo veio nos trazer a espada, além do arado - e era isso que fazia da Idade Média uma idade da luz, pois foi neste tempo que os homens estavam mais propensos a cooperarem com Deus, uma vez que o paganismo clássico havia sido derrubado no Ocidente. Se a influência desse príncipe atingisse mais cidades e mais territórios, ele podia ser barão, visconde, conde, marquês, duque - e só se tornava rei se fosse coroado pela Igreja Católica, enquanto corpo intermediário que liga a Terra ao Céu, ou diretamente coroado pelo próprio Cristo, tal como houve em Ourique.

5.3.3) No caso de o soberano ter o privilégio excepcional de receber a coroa diretamente de Cristo, o país será tomado como se fosse um lar em Cristo se este servir a Ele em terras distantes - e este país continuará tomado desta forma enquanto honrar dignamente essa missão.

5.3.4) É por força disso que a suserania e vassalagem temporal de Carlos Magno dá lugar à soberania, que é a suserania e vassalagem que se dá no campo sobrenatural, pois o rei é vassalo do verdadeiro Deus e verdadeiro homem - que é o Rei dos reis -, ao invés de ser vassalo de um pecador como outro qualquer.

5.3.5) Isto não elimina, no entanto, a importância de ser leal à Santa Madre Igreja Católica, que foi fundada pelo próprio Cristo, uma vez que a figura do vigário de Cristo é provisória até que o próprio Rei dos reis volte pela segunda vez; é só n'Ele que há os dois corpos: o corpo temporal e espiritual da Cristandade.

5.3.6.1) É por conta de o poder subir à cabeça que muitos dos vassalos tendem a violar o princípio da não-traição à verdade revelada (verdade conhecida é verdade obedecida, como diz Platão) e a trair a Igreja ou o mandato que receberam do próprio Cristo de modo a servir a Ele em terras distantes.

5.2.6.2) A maior prova disso que é Portugal teve muitos reis excomungados porque estes se esqueceram de ver o Papa como um vigário de Cristo e que este exerce sua prerrogativa porque é sucessor de São Pedro. E se a pessoa não vê no Papa a figura de Cristo, então não poderá imitar bem seu antecessor, D. Afonso Henriques.

5.2.6.3) O mandato que recebemos em Ourique não dá necessariamente o direito de dizer que o vassalo de Cristo tem dois os corpos do Rei. E isso faz com que a nacionalidade perca seu caráter transcendente e passe a ter seu caráter imanente, a ponto de fazer o país ser tomado como se fosse uma religião em que tudo está no Estado e nada esteja fora dele ou contra ele.

5.2.6.4) E é neste ponto que a missão de servir a Cristo em terras distantes, casando o nacional com o universal, se reduz a fundar colônias para a vanglória do rei, tal como houve na França. Ou para a promoção dos interesses do comércio, tal como houve na Holanda. Isto faz com que a missão da qual somos herdeiros seja servida com fins vazios, o que leva à apatria sistemática.

6.1) Em cada um dos dois corpos - o corpo espiritual e o corpo temporal, ambos intermediários -, o Santo Espírito de Deus age, criando a noção de uma instituição, uma corporação, uma atividade organizada de modo que os homens em sucessão ajam como instrumentos de Deus de modo a servir a Ele, seja em terras distantes ou dentro do país, de modo que ambos sejam tomados como parte do mesmo lar em Cristo.

6.2.1) Quando o corpo é acometido pelo espírito revolucionário, a atividade organizada do corpo instituído se reduz a um verdadeiro ativismo, fundado no carreirismo e no egoísmo, pois as pessoas estão amando mais o dinheiro - ou mesmo os privilégios - do que a Deus - e nela tudo se reduz à política, à manutenção do poder, o que leva a um totalitarismo. E neste ponto, as instituições estão pecando contra o Espírito Santo, pois vários homens estão agindo em concurso de modo a pecar sistematicamente contra isso.

6.2.2) Quando nesta República ficam apelando para a importância das instituições, isso não passa de flatus vocis, de autoridade exercida para o nada, pois as instituições servem à República e não àquilo que foi fundado em Ourique, o que edifica liberdade com fins vazios.

6.2.3) Por isso, pessoas que falam dessa forma são dignas de serem reprovadas execradas publicamente, pois zombam de Deus. Como Deus não perdoa o pecado contra o Espírito Santo, o lugar mais quente do inferno está garantido a elas, por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade sistematicamente, uma vez que foram pessoas mornas, indiferentes àquilo que nos gerou e nos nutriu desde nossos primórdios - é isso que faz do espírito de corpo um espírito de porco, pois as lealdades são voltadas para o nada, destituídas dessa conexão de sentido sobrenatural, coisa que nos remete à Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2017.