Pesquisar este blog

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Miséria espiritual e cultural é pior do que miséria econômica

1) Historicamente, as pessoas fogem da miséria econômica. É normal este tipo de fluxo de fuga de países totalitários para países livres.

2) Até agora, eu não conheço uma só pessoa que tenha trocado um país culturalmente vazio, ainda que rico (como o Brasil), por um país economicamente mais pobre mas que é espiritualmente rico, como a Polônia ou a Hungria. 

3) Não existe pobreza maior do que a pobreza de espírito. Com tanta gente tomando o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar contra ele ou fora dele, tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo fica difícil, pois você fica imerso em algo tão vazio que isso vai te matar afogado, tamanha a pressão que esse vazio te exerce, de modo a aderir ao espírito de manada, próprio dos apátridas. Se a pessoa não tiver uma sólida formação fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, a tendência natural é o suicídio, pois nada tem sentido por aqui - num país morto, as pessoas tendem a morrer mais facilmente, pois não há modelos disponíveis de virtude disponíveis - modelos manifestos de virtude, quero dizer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2016.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Por que bloquear uma pessoa como eu é um sinal de covardia intelectual?

1) Quando falo o que falo, eu falo com base em estudos, em coisas que observei ao longo de uma vida, seja em observação direta, seja em observação indireta, por meio de livros ou testemunhos de contatos meus de facebook. Se falo o que penso, com base naquilo que venho estudando e observando, então escrever sobre isso é mostrar a presença de Deus, que me guia em minha vida e em meus estudos. Se uma das delícias é ter personalidade, então eu a tenho porque digo sim a Deus, de modo a fazer o que deve ser feito: falar a verdade e semear boa consciência através de observações honestas e sensatas.

2.1) Se você discorda do que venho observando, então por que você não vem aqui e me aponta as razões da sua discordância? Para se ter boas razões para discordar de mim, você precisaria estudar o que escrevi, pois discordar de antemão, sem estudar o que estudei, é falta de caridade com a verdade, pois você está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. 

2.2) Como isso é estar à esquerda do Pai em seu grau mais básico, você está agindo que nem os revolucionários: me bloqueando, já que você odeia a verdade. 

2.3) Por conta dessa sua postura covarde, você não passa de um esquerdista, ainda que seja diga nominalmente de direita. Em termos de facebook, você é um poser, um farsante, um fingido. Desde que aprendi pela experiência entre ser conservador e ser conservantista, nunca mais me deixei ser ludibriado por vocês. 

2.4) Nada calará a verdade - vocês prestarão contas junto ao pai, por conta dessa covardia intelectual, própria de agir em conservantismo. Isso é obstinação no pecado - como é pecado contra o Espírito Santo, Deus não perdoará essa infame covardia, pois esse espectro de país foi todo construído assim, desde que se separou de Portugal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2016.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Notas introdutórias à idéia de internacionidade (ou nacionidade compartilhada e distribuída sistematicamente, ao se tomar dois ou mais países como se fossem um mesmo lar em Cristo, ao longo de uma vida)

1) Se quisermos pensar em tomar o nosso país como se fosse um lar, então é preciso conhecer outros países, outras culturas. Não basta só o passeio - você precisa viver nesses países um tempo, de modo a ter experiências que só a vivência pode proporcionar. 

2) Essas vivências fundadas no fato de tomar dois ou mais países como se fossem um mesmo lar precisam ser compartilhadas com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

3) Esse nacionismo compartilhado e distribuído sistematicamente se chama internacionidade - e o eu-internacional não é um apátrida, mas um eu-nacional aprimorado por viver em vários lugares diferentes ou por ter ancestrais das mais variadas origens por conta deste tipo de vivência. 

4) Embora as circunstâncias sejam diferentes, o que faz com que a interação cultural varie por conta do clima e dos fatos da vida humana, uma só é a verdade: devemos tomar nosso país como se fosse um lar em Cristo - e se temos esta herança por força de sermos cidadãos do mundo, por sermos evangelizadores, então devemos dar graças a Deus por isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2016.

O internacionalismo é um paganismo disfarçado

1) O panteão é o lugar onde todos os deuses se reúnem. É como um grande mercado, onde todos pregam a sua verdade e não dialogam com todos os outros deuses. No final, eles se revelam falsos e tudo o que pensamos, por viver a vida em conformidade com o todo que vem desses deuses, é voltado para o nada.

2.1) Em tempos de Estado tomado como se fosse religião, em que o eu-nacional vive a vida em conformidade com o Todo que vem da sabedoria humana dissociada da divina, os Estados pregam sua verdade, seus interesses nacionais voltados para o nada. 

2.2) Como sem o Deus verdadeiro nada subsiste, então esse panteão dos tempos modernos, que é a Organização das Nações Unidas, nos levará a termos um entendimento distorcido das coisas, a ponto de nos levar ao abismo. 

2.3) Eis o perigo de se pensar as coisas a partir desses falsos deuses, de cima para baixo, sem subsidiariedade: a tal metanacionalidade, própria do humanismo, não passa de apatria sistemática, dado que todas as identidades estarão dissolvidas na cultura global, fundada no consumismo e no relativismo moral, cultural, ético, religioso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2016.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Como a doutrina da nacionalidade por jus solli foi forjada? O caso brasileiro

1) Quando se introduziu a falsa tradição de que o Brasil foi Colônia de Portugal, o que levou o Brasil à secessão com sua pátria-mãe, automaticamente o nosso sangue deixou de ser consagrado, por força daquilo que foi fundado em Ourique. Para contornar uma tradição natural que foi rompida, estabeleceu-se uma nova no lugar: os nascidos nesta terra são os cidadãos do Brasil, ainda que de pais estrangeiros.

2) Para você fomentar o senso de tomar este país como se fosse um lar nesta circunstância, divorciada daquilo que foi edificado em Ourique, o Estado deve investir em educação e saúde, pois desde Locke os intelectuais pensavam que o homem era uma folha de papel - e sobre ela qualquer utopia podia ser realizada. E na escola pública, as escolas passarão a toda a população tudo o que for de conveniência de Estado, pois a liberdade era algo concedido por força de lei, segundo Montesquieu, que muito influi no pensamento jurídico nacional - afinal, tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, pois ele deve ser tomado como se fosse uma segunda religião (Pasquale Mancini, o teórico da teoria da nacionalidade, pensava assim, assim como o nosso Imperador: D. Pedro II). E neste ponto, a monarquia foi de fato uma transição para a República, tal como o professor Loryel Rocha bem apontou, o que confirma muitas coisas que o colega Genário Silva bem disse.

3.1) Neste ponto, o Estado passou a competir com a Igreja, a ponto de eliminar a fé verdadeira - eis o fundamento do Welfare State, Estado do Bem-Estar social. Nesse tipo de ordem, a nacionidade está vinculada à nacionalidade a ponto de ser quase um sinônimo, pois tudo está no Estado e nada pode estar fora ele ou contra ele, pois o Estado é um Deus, uma vez que o hedonismo, fundado na política do pão e circo, se tornou uma política de Estado. 

3.2) Em seu livro O Príncipe, Maquiavel dizia que o príncipe deve buscar meios de fazer com que os súditos dependam de sua autoridade. Quando chegarem ao nível dessa dependência, a autoridade do príncipe será respaldada no clientelismo político, na lealdade decorrente dessa dependência, tal como vemos no Bolsa Família. E isto é um caso onde a legitimidade está manipulada de tal maneira a solidificar a autoridade do governante que toma o país como se fosse religião - e revoltar-se contra ele seria sacrilégio. Não é à toa que Gramsci usou Maquiavel em seus escritos.

4.1) Se Mancini foi condenado pela Igreja Católica, a doutrina de Gramsci e de Maquiavel também foi condenada. 

4.2) Maquiavel foi precursor do pensamento de Mancini, pois a doutrina de nacionalidade foi usada como uma doutrina de Estado de modo a forjar a Itália reunificada.

4.3) Maquiavel também foi precursor de Gramsci. E sobre este fato muito já foi dito e não preciso acrescentar mais nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2016.

Comentários adicionais:

1) Antonio Gramsci endossa palavra por palavra as lições de Maquiavel sobre a conquista e manutenção do poder. Só acrescenta que o "Príncipe" não pode ser um indivíduo, tem de ser um partido inteiro. Não há nada de estranho, portanto, em que esse partido conquiste e mantenha o poder por meio do engodo, da fraude, do roubo, da traição e da chantagem. Apenas seguiu o manual à risca. E os partidos menores de esquerda que hoje buscam se alimentar do cadáver do PT vão fazer exatamente a mesma coisa que ele fez, até mesmo a pretexto de "corrigir os erros" do seu antecessor.

2) Confiar em esquerdista é deixar o próprio cu exposto em praça pública.

Olavo de Carvalho (Facebook, 05/12/2016)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Saber reconhecer que você não vai ser um bom amigo para a pessoa, porque não tem competência para isso, é gesto de humildade, não de frescura

1) Há quem me fale que é pureza adâmica (outro nome para a frescura) dizer que não tenho competência para ser seu amigo, quando vejo que não tenho nada a te acrescentar mesmo.

2) Se fosse frescura, eu faria coisa pior: diria que estou no Céu e você no Inferno, pois a frescura esconde uma malícia, um conservantismo. E não sou assim.

3) Eu sempre faço exame de consciência antes e depois de cada conversa que tenho. Se sinto que não tenho condições de ser um bom amigo pra você, então não se sinta chateado com o fato de me excluir do seu círculo de relações sociais no facebook, pois não tenho competência para te servir bem, enquanto amigo. Sinto que não farei um bom trabalho - por isso, melhor ir embora do que brigar.

4) Há pessoas que querem ter \ minha amizade a qualquer custo. Se sinto que não tenho condições de fazer bem meu papel de amigo, eu pego meu boné e vou embora, pois me sinto um incompetente. É preferível sentir-se um inútil a fingir ser um bom amigo e passar a rasteira depois.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2016.

Por que um não nascido aqui vale mais que os apátridas, presentes e futuros?

1) Um não nascido que toma este país como se fosse um lar vale mais que mil apátridas nativos ou que venham a nascer sob tal condição, no futuro.

2) Como não tenho onisciência, eu não posso dizer que o nascituro que está em gestação nesta terra tomará o país como se fosse um lar em Cristo ou agirá como um apátrida, tal como muitos.

3) É justamente por conta de não ter como saber quem é apátrida e quem não é que nasce a esperança de que ele tenha a sorte de aprender a tomar o Brasil como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento. E ele certamente terá mais chance de aprender isso com alguém que não é nascido no Brasil do que com alguém que foi criado nesta falsa cultura aqui reinante, que favorece o aborto, visto que só os apátridas - os que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo - é que matam seus próprios filhos, posto que buscam o hedonismo, a liberdade para o nada. E isso é um tipo de suicídio sociológico, civilizacional, pois gerará um vazio demográfico que será preenchido por algum grupo oportunista, como os islâmicos.

4)  Se Deus vai punir o Brasil, não será o Brasil verdadeiro, fundado em Ourique, mas o Brasil povoado pelos apátridas criados no quinhentismo e que negam o Cristo Crucificado de Ourique todos os dias, por conta de sua postura de odiarem a verdade, assim como o verdadeiro saber decorrente dessa verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2016.