1) O panteão é o lugar onde todos os deuses se reúnem. É como um grande mercado, onde todos pregam a sua verdade e não dialogam com todos os outros deuses. No final, eles se revelam falsos e tudo o que pensamos, por viver a vida em conformidade com o todo que vem desses deuses, é voltado para o nada.
2.1) Em tempos de Estado tomado como se fosse religião, em que o eu-nacional vive a vida em conformidade com o Todo que vem da sabedoria humana dissociada da divina, os Estados pregam sua verdade, seus interesses nacionais voltados para o nada.
2.2) Como sem o Deus verdadeiro nada subsiste, então esse panteão dos tempos modernos, que é a Organização das Nações Unidas, nos levará a termos um entendimento distorcido das coisas, a ponto de nos levar ao abismo.
2.3) Eis o perigo de se pensar as coisas a partir desses falsos deuses, de cima para baixo, sem subsidiariedade: a tal metanacionalidade, própria do humanismo, não passa de apatria sistemática, dado que todas as identidades estarão dissolvidas na cultura global, fundada no consumismo e no relativismo moral, cultural, ético, religioso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2016.
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