01) Há quem me fale que Bolsonaro vai fazer o resgate dos valores tradicionais do Brasil.
02) Os verdadeiros valores do Brasil estão fundados na Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique, quando Cristo Crucificado fez de D. Afonso Rei de Portugal e nele e em todos os seus descendentes deu a missão de servir a Cristo em terras distantes.
03) Bolsonaro não é monarquista e tem uma formação positivista, pois ele vem do Exército.
04) Valores derivados na mentalidade quinhentista, que são libertários-conservantistas, a base desse regime revolucionário que já dura 127, só prorrogarão a morte lenta e agonizante da República. Eis porque digo que Bolsonaro é salvacionista, uma vez que, por sua formação, está à esquerda do Pai, no seu grau mais básico.
05) Se Bolsonaro fosse monarquista e consciente da missão que foi edificada desde Ourique, eu não teria dúvida em afirmar que o começo da restauração começaria nele.
06) Eliminar a esquerda radical sem eliminar a cultura que dá causa a isso não resolve o problema. Ao longo do tempo, a esquerda voltará com mais força.
07) Até mesmo uma parte do movimento monarquista está presa nesse pragmatismo político: alguns são libertários-conservantistas tanto no sentido econômico quanto religioso do termo (hereges protestantes). E é essa gente que manterá esse círculo vicioso.
08) A questão é moral, espiritual - se o Cristo Crucificado de Ourique não for o centro das coisas, a gente não sai desse problema nunca.
09) A questão da direita possível tende ao comodismo político. Dentro das atuais circunstâncias, votar em Bolsonaro é paliativo. O problema é confundir paliativo com panacéia. Isso é uma constante na História - e este país já presenciou incontáveis vezes esse paliativo virar panacéia, ao longo da História da República.
10) É dever meu lembrar o que não pode ser esquecido. O brasileiro tem a tendência de se contentar com o que está disponível - e isso não é moralmente aceitável. Precisamos restaurar o que se perdeu - precisamos consertar a nós mesmos também. Senão, vira hipocrisia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário