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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Império é principado sistemático, em que o Imperador é um deus vivo

1) Roma, por força de seu civismo, foi feita herdeira de reinos inteiros.

2) Quando surgiu o principado, Roma tornou-se capital de um império, posto que se tornou modelo de todas as outras cidades que dependiam de sua proteção.

3) Quando a cidadania é distribuída a todas as cidades, por força do exemplo romano, nós temos nacionalidade. E nacionalidade é, pois, cidadania sistemática.

4.1) Em Cristo, nós vemos que essa base passa ter um lastro na verdade, no verbo que se fez carne.

4.2) Mais do que imitar o exemplo do primeiro cidadão de Roma, você precisa ver se ele é vassalo de Cristo, Rei dos Reis, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por isso que é na nacionidade, no senso de tomar o país como um lar em Cristo, que encontramos o lastro necessário para uma nacionalidade sustentável e até um nacionalismo saudável, fundado na defesa do lar invadido.

4.3) Fora disso, o país será tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, - o que leva à opressão e à apatria sistemática. E os cidadãos do mundo não passam, na verdade, de apátridas, pois estão desligados sistematicamente da pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Notas sobre nacionidade, nacionalidade e cidadania

1.1) Antigamente, a cidadania era um título, uma licença que você comprava de modo a poder ter o direito morar na cidade, já que uma das funções da autoridade municipal era proteger a cidade dos invasores, que podem ser forasteiros que podem entrar na cidade furtivamente de modo a destruí-la por dentro, por meio da espionagem.

1.2) O título de cidadão da cidade era um título que podia ser transferido aos filhos e ao cônjuge por meio de sucessão hereditária por conta do direito de propriedade, eis o surgimento do jus sanguinis.

1.3) O fundamento que faz com que alguém compre o direito de morar na cidade se dá por força de o príncipe, o soberano da cidade, tratar a todos os que nela habitam como parte de sua família. Deste princípio, há o germe do nacionismo, dentro do principado.

2.1) Quando várias cidades juram lealdade ao mesmo reino e colaboram sistematicamente umas com as outras de modo a que o reino como um todo seja tomado como se fosse um lar em Cristo, então nós temos nacionidade, no sentido sistemático do termo. E quem é cidadão de uma cidade do reino é considerado cidadão em outra cidade do mesmo reino, o que favorece a livre circulação de pessoas, de mercadorias e de idéias. Como as cidades são fiéis ao mesmo rei, então os cidadãos de todas as cidades gozam de igual estado de proteção e de igual liberdade - eis aí a nacionalidade, enquanto evolução da cidadania.

2.3.2) A verdadeira nacionalidade tem por lastro a nacionidade, pois o nacional toma como lar todas as cidades do reino que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. E acredita piamente que o Rei é vassalo de Cristo.

2.3.3) Mesmo que não venha de fato a morar em outra cidade que não aquela em que nasceu, a mera possibilidade já dá essa liberdade para essa pessoa.

3.1) A naturalização, uma das formas de adquirir nacionalidade, é uma cidadania sistemática. Você compra o direito de morar no país que vai te acolher ou o recebe gratuitamente, por força de servir aos habitantes da terra nova, que vai te acolher como um filho adotivo, coisa que pode ser dada por força de um casamento, por exemplo.

3.2) Ela não anula o vínculo natural que você tem com a terra dos seus ancestrais - ela faz você se libertar de um governo totalitário, que toma o país do qual você nasceu como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E tal como se dá com o Deus verdadeiro, o Estado é ciumento, só que ele é perverso.

3.3.1) Não é à toa que a naturalização é o maior atode  desobediência civil que você pode praticar contra esse regime totalitário, pois você vai organizar as pessoas de seu novo país de modo a te ajudarem a acabar com aquele regime nefasto.

3.3.2) A maior prova disso é que os cubanos nos EUA são uma comunidade poderosa, a tal ponto que seus votos são decisivos para se eleger o presidente do EUA - e se ele for sério, ele invadirá Cuba e libertará o país do regime comunista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Lições sobre o poder

1) Antes de Montesquieu e de sua teoria de tripartição dos poderes, havia a explicação do poder que deriva de uma única fonte, concebida por Aristóteles.

2) A teoria do poder fundado numa única fonte pode se dividir em uma explicação divina ou numa explicação humana, contratualista.

3.1) No caso da teoria do absolutismo divino, o Rei recebe mandato do Céu de modo a servir a Cristo dentro das fronteiras internas do reino ou em terras distantes, tal como se deu em Ourique. Por conta da cláusula de bem servir, por conta do mandato recebido, ele distribui procuração para os que estão subordinados a ele de modo a que sirvam ao Rei, que serve a Cristo.

3.2.1) Com o passar do tempo surgem as especializações.

3.2.2) A administração pública constitui o corpo executivo, pois o Rei administra, com o auxílio de procuradores reais.

3.2.3) O Rei legisla junto com um conselho de cidadãos ilustres do Reino, que o auxiliam na tomada de decisões políticas, constituindo o corpo legislativo;

3.2.4) E o Rei julga junto com os juízes, que zelam pelo cumprimento das leis, constituindo o corpo judiciário.

3.2.5) Todos esses três corpos são intermediários que se submetem a um Poder Moderador, tal como num sistema de prestação de contas - e nelas o Rei é auxiliado por meio de um conselho de Estado, exercido pelos melhores homens do país, que tomam o país como um lar em Cristo, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, o que levou o Deus feito homem a escolher um rei entre nós.

4.1) No caso da teoria do absolutismo monárquico fundado no contratualismo, o que temos é o fato de que o homem é lobo do próprio homem.

4.2) Nesta teoria, Deus não existe - e por não existir, dispensa explicação metafísica, pois as explicações se pautarão no pragmatismo e no utilitarismo das decisões tomadas, o que será um prato cheio para o positivismo, uma vez que ciência em nome da ciência leva a uma gnose, tal como podemos ver nesta frase: "art for art's sake is an empty phrase".

4.3) Eis aí porque vemos tirania, quando se confunde o corpo do rei humano com o corpo divino, o que faz com que o país seja tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E é neste ponto que a monarquia inglesa, ao romper com Roma, tornou-se um regime protótipo do fascismo.

5) Montesquieu criou sua teoria tripartite do poder com base no regime inglês. Com isso criou uma teoria totalitária do poder, já que esta teoria tem cunho racionalista, o que dispensa qualquer explicação metafísica.

6) Em Rousseau, esse despotismo assumiu ares democráticos. E o caos começou a imperar, o que favoreceu o advento da mentalidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Notas sobre o que é um milagre

1) Um milagre é sobrenatural, pois é extraordinário, dado que dispensa explicações lógicas fundadas na cusalidade universal, o que permite uma explicação racional da natureza.

2) Por ser extraordinário, e acima da razão e de todo nome, então é um postulado, uma verdade de fé.

3) E se é uma verdade de fé, a mera presença do milagre é prova cabal de que Deus existe.

4) E tal como na geometria euclidiana, um postulado de fé não pode ser questionado sob pena de não se fazer ciência.

5) Quando ele é ementado e enunciado após o acúmulo de várias experiências ao longo do tempo e do constante passar das gerações, ele se torna dogma, uma espécie de jurisprudência, por conta dos sucessivos milagres já conhecidos.

6) E justa lei decorre da sucessiva jurisprudência, dado que o Poder do verdadeiro Rei é absoluto, por se fundar na verdade.

7) E o verdadeiro Rei é Deus, que se fez homem de modo a nos salvar do pecado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Notas sobre a importância de fundamentar a decisão que leva a você cortar um vínculo com uma pessoa na rede social ou mesmo negativá-la, quando esta prestar um mau serviço a você

1) O problema da liberdade voltada para o nada é que uma pessoa maldosa pode assassinar a reputação de alguém sem um motivo justo.

2.1) Se eu tivesse uma rede social sob meu controle, uma das coisas que faria é evitar esse tipo de assassinato de reputação.

2.2) Para desamigar alguém, e negativar essa pessoa por conta do desserviço prestado, A precisa muito bem motivar suas razões contra B - e ele deve fazer isso fundado em boa razão e com provas. Pois o alegado deve ser provado, a não ser que as provas estejam sob o controle do acusado, quando se tratar de prestação de serviço, o que leva à inversão do ônus da prova, já que há a presunção de que o freguês sempre tem razão.

3) Muito prestador de serviço é negativado por conta da má consciência alheia. E essas pessoas precisam ser protegidas da má consciência e do mau-caratismo alheio. No entanto, isso não deve ser confundido com corporativismo - um mau servidor deve ser negativado, pois não fez um bom serviço. E isso é justo.

4) O maior desafio na rede social é inviabilizar o exercício arbitrário das próprias razões. As pessoas precisam agir com justiça antes de desamigarem alguém injustamente, bem como negativá-las falsamente por conta do serviço prestado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Para ser um bom mediador, você precisa ter muito senso de empatia

1) Em artigo anterior, eu havia mencionado que fui feito confidente por várias pessoas da faculdade. Mesmo não sendo pároco e mesmo não tendo estola, o "confessionário" vivia cheio.

2.1) Um sujeito com um histórico desse tem fama de confiável.

2.2) E é por ter fama de ser confiável que ele pode ser colocado como mediador de conflitos ou árbitro, em termos disputas comerciais.

2.3) Em circunstâncias delicadas, como a rede social, o mediador tem que ter uma delicadeza e um jogo de cintura, por conta do domínio das nuances da linguagem, coisa que nem sempre pode ser exercida no mundo real.

2.4) O mediador virtual, se tiver um bom conhecimento da psicologia humana, é uma boa escola para todo aquele que deseja ser juiz de Direito, pois o mais importante é que o conflito de interesses seja resolvido por vias pacíficas, sem a necessidade de se dizer o direito e condenar uma das partes por força disso.

3) O antigo sistema de Direito Comum das comunas medievais escolhia uma pessoa com altas doses de empatia para exercer esta função. É por meio da empatia, fundada no amor ao próximo, que se conhece a verdade por trás da ação humana, pois é nela que podemos perceber o Deus feito Homem e evitar que Ele se crucificado injustamente, evitando repetir o erro praticado por Pilatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017.

Notas introdutórias à ciência de administrar instituições sociais

1.1) Administrar uma organização social é uma ciência onde ocorre a confluência de vários saberes: Direito, Economia, Política, Engenharia, Agronomia e Biblioteconomia, entre outras áreas.

1.2) Dependendo do setor em que você vai atuar, você precisa conhecer determinadas áreas, antes de aprender muito bem a administrar uma determinada empresa ou instituição social, por exemplo.

2.1) Os rudimentos da gestão começam em casa, na economia doméstica.

2.2) Uma boa dona de casa sabe muito bem deixar a casa em ordem e atender às necessidades dos filhos, bem como as do marido, quando está em casa, cuidando de coisas voltadas para a comunidade dos que tomam o país como um lar amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, estejam elas dentro ou fora de casa. Ela é o RH por excelência, coisa que depende muito de certas qualidades que são próprias da natureza feminina - e melhor ainda se ela tem formação em psicologia.

2.3) Se os seus pais têm formação em Direito e têm bons conhecimentos de Economia, eles poderão te passar os rudimentos da lógica fundada nas relações sociais. Um bom conhecimento acerca das relações jurídicas fundadas no Direito Civil e no Direito Empresarial, assim da economia social dos contratos e dos pactos, permite formar um bom administrador financeiro.

2.4) Se os seus pais tiverem conhecimento de Engenharia, você acaba conhecendo o sistema de gestão de materiais e o sistema de produção industrial.

3.1) O verdadeiro administrador é que nem um lutador de MMA: conhece todas as áreas, por conta do conhecimento familiar acumulado ao longo das gerações, e conjuga essas experiências de modo a encontrar uma saída criativa para os problemas de uma empresa, dependendo da circunstância em que se encontra - e isso é algo que nenhuma faculdade de Administração poderá ensinar, pois tradição é algo muito mais amplo e mais profundo do que uma teoria geral fundada em abstrações.

3.2.1) A tradição, quando bem vivida e bem respirada, te dá nuances sobre as coisas que jamais serão captadas no âmbito de uma sala de aula, por exemplo, pois há certos casos que só mesmo pelos sentidos você pode captar as coisas, pois o exemplo prático nem sempre é possível de ser teorizado.

3.2.2) É com base nesse conhecimento ancestral acumulado e atualizado para os tempos mais modernos que podemos estabelecer uma teoria geral da administração.

3.2.3) E uma boa teoria geral da administração se faz estudando casos concretos, tendo por exemplo coisas que deram certo e coisas que deram errado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2017 (data da postagem original).