A aula "Restauração Cultural", ministrada por Guilherme Freire, discute a filosofia política desde a Grécia Antiga até os tempos modernos. Freire começa falando sobre a formação das primeiras comunidades políticas, a pólis, e o papel da religião na unificação dessas comunidades. Ele destaca a importância de Sócrates na introdução da ideia de um único Deus e como isso desafiou o politeísmo da época.
Em seguida, Freire explora a ascensão do Império Romano e o conceito de imperador como uma figura divina. Ele discute a tensão entre o poder temporal e espiritual, especialmente com a chegada do cristianismo e a figura de Cristo como um rei superior ao imperador. A queda do Império Romano Ocidental é atribuída à perda de valores e à fragmentação moral, levando à ascensão de reinos bárbaros e a um período de caos.
A Idade Média é apresentada como um período de reconstrução da Europa, liderada por figuras como Carlos Magno e impulsionada pela fé cristã. A cristandade é descrita como sinônimo de civilização, responsável pelo desenvolvimento de hospitais, universidades, música, arte e ciência. No entanto, a Idade Média também viu desafios à cristandade, como o nominalismo e o regalismo, que questionavam a autoridade da Igreja e promoviam o poder do rei.
O século XVI é marcado pelas guerras de religião e pela ascensão do protestantismo, com Lutero desafiando a autoridade da Igreja Católica e promovendo a ideia de que cada príncipe deveria determinar a religião de seu reino. A Inglaterra também passa por conflitos religiosos, com Henrique VIII estabelecendo a Igreja Anglicana e Oliver Cromwell liderando uma revolução puritana.
A palestra então se volta para a era moderna, com o surgimento do liberalismo e do contrato social como novas fontes de ordem. O iluminismo e a Revolução Francesa são discutidos como movimentos que levaram ao questionamento da autoridade religiosa e à busca pela igualdade. No entanto, a Revolução Francesa também é criticada por sua violência e caos.
O materialismo de Karl Marx e o progressismo de H.G. Wells são apresentados como ideologias que buscam criar um paraíso na terra, mas que também são criticadas por seus excessos e falta de base moral. A palestra conclui que a crise atual do Ocidente é resultado da perda de transcendência e da fragmentação moral, e que a solução passa pela redescoberta da ordem moral e espiritual, construindo uma cultura baseada na família e em valores transcendentes.
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