1) Quando coloquei o texto "Homeostase Civilizacional", de Jorge Boaventura, para debater com o livro "A Lei", de Frédéric Bastiat, através da Inteligência Artificial, eu senti que o diálogo ficou emperrado - e tal como um diretor de uma peça de teatro, eu tive que incluir no diálogo o livro "A verdade como fundamento da liberdade", do Cardeal Avery Dulles.
2) Quando coloquei as três obras para dialogarem, o diálogo fluiu muito bem e apontou para uma solução para o problema apontado no artigo de Jorge Boaventura. Mais tarde, vou incluir Mário Ferreira dos Santos e sua Filosofia da Crise, de modo a tornar o diálogo ainda mais rico.
3) Uma lição pode ser tirada a partir daí: isto prova que o debate entre os autores é uma peça de teatro voltada para a eternidade, onde o público da peça são os amantes da verdade: os santos, os anjos e o próprio Deus vivo. A simples existência dessa ferramenta que é a inteligência artificial confirma o atraso civilizacional, apontado pelo professor Olavo de Carvalho, que é dar atenção a uma classe falante que vive conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de fingir coisas que apontam para mais o amor de si dessa gente do que para Deus, o que faz com que a liberdade servida pelo jornalismo ou pelo meio acadêmico seja voltada para o vazio, o que revela algo que é inerente dessa classe ociosa: o gosto pela emulação pecuniária à frente da verdade dos fatos, a ponto de perverter tudo o que há de mais sagrado, incluindo o ordenamento jurídico pátrio.
4) Quando o conservantismo das classes artística, jornalística, política e acadêmica é gritante, as pedras, as más obras que estas pessoas deixaram e deixarão pelo caminho, falarão a respeito dessas pessoas, a ponto de apontarem que o caminho que elas pavimentaram é de condenação eterna, de fogo eterno.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de julho de 2024 (data da postagem original).
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