(0:03) Saudações a todos. Os que querem a liquidação de fato da Polônia, a liquidação de nosso país, eles já não estão mais se escondendo muito, a não ser por trás de uma leve fachada de propaganda e palavras bonitas, a ponto de publicarem idéias que visam levar necessariamente a isto: (0:27) a um verdadeiro estelionato político, pois essas idéias que estão sendo ventiladas por aí fingem resolver os problemas que afligem os poloneses e nosso país, quando, na verdade, não resolvem. Esse fingimento, é claro, não é nada novo; nós conhecemos isso muito bem.
Por esse motivo, eu gostaria de chamar a atenção de todos para um certo artigo de um livro que foi publicado já faz algum tempo. (0:47) Não faz muito tempo que foi publicado um artigo que promove a idéia de certos "especialistas independentes". Trata-se de um livro intitulado "Consenso sobre a Polônia", escrito por 28 autores. E o artigo a que estou me referindo aqui tem o seguinte título: "Uma Idéia Revolucionária".
Esse artigo trata da idéia de mudança da forma da organização do Estado polonês. O Estado passaria a ser mais federado, a ponto de fortalecer os governos locais e enfraquecer o governo central. Nesse artigo, eles falam das vantagens da descentralização da Polônia (1:18) - o que, na verdade, permite uma maior influência sobre os políticos locais de certas regiões geopoliticamente vantajosoas para os interesses globalistas, a ponto de ocorrer nesses lugares tráfico de influência e uma maior perversão da lei e da justiça local. E o mais abusrdo, como dizem esses especialistas, é que isto é muito vantajoso para o governo - o que é uma grande mentira.
(1:36) Evidentemente, essas "vantagens" devem ser colocadas entre aspas imediatamente porque a intenção desses especialistas é querer nos enganar - até porque o objetivo principal é realmente fragmentar ainda mais a Polônia e dividi-la ainda mais do que ela já está dividida. (2:00). Ainda que os especialistas indiquem que isto seja o remédio para a atual divisão da Polônia, na verdade, esta divisão se funda em preferências políticas, de natureza ideológica. Trata-se de um problema acidental, não de essência, próprio do regime ou da forma de governo atualmente adotada na Polônia.
Se as idéias desses especialistas forem realmente implementadas, isto geraria uma divisão de fato, a uma crise da forma de governo - o que ensejaria a elaboração de uma nova constituição para o país, o que certamente traria instabilidade política, que é tudo o que eles querem. (2:24).
Dezenas de especialistas querem forçar a mudança da forma de governo na Polônia - isto foi publicado no portal interia.pl. (2:43) Como mencionei anteriormente, esses especialistas indicam que a falta de consenso entre os cidadãos a respeito de várias questões relacionadas ao funcionamento de nosso Estado seria mais bem resolvidas se transferíssemos algum poder para os governos locais, o que permitiria a eles decidirem como a educação funciona, como a saúde operaria (3:13) e como certas certas políticas públicas seriam implementadas, levando-se em conta as visões políticas da maioria dos residentes de uma determinada região. Como consequência disso, como indicam os autores, por exemplo, a Voivodia de Podlaskie poderia ser considerada conservadora ao proibir o aborto, enquanto a Voivodia da Pomerânia poderia ser mais progressista ao liberá-lo. (3:41) E como resultado de tal ideia, todos supostamente estariam reconciliados, e todos poderiam viver como desejam - o que é uma grande mentira, pois matérias concernentes ao Direito Natural, onde a verdade é o fundamento da liberdade, não podem ser definidas através desse sistema de tirania da maioria.
Da forma como esses embusteiros falam, a Polônia seria um país essencialmente sem conflitos. (4:00) Isto é ridículo porque qualquer pessoa, com um pouco de imaginação, sabe até ponto tal isto poderia levar. No nível educacional, isso pareceria como algo mais ou menos assim: em algumas regiões, você poderia estudar Osienkiewicz na escola, enquanto em outra região você poderia se concentrar mais na literatura moderna, a ponto de estudar os laureados com o Nobel, como Olga Tokarczuk. (4:46) Pode parecer uma ótima solução para alguns, já que gostaríamos de ter mais controle sobre como vivemos, especialmente porque as questões nacionais afetam menos nossa vida diária do que as locais. (5:17) No entanto, como eu disse, a imaginação nos diz o que acontecerá quando a Polônia for dividida em regiões com diferentes legislações.
(5:28) Vamos falar mais um pouco sobre essas "fábricas", essas comunidades imaginadas por esses especialistas e sobre como que elas deveriam ser, nesse mar de rosas que eles imaginam. Em primeiro lugar, isso levaria ao uso mais frequente de referendos no âmbito regional, de modo que os residentes de determinadas regiões individuais tenham a oportunidade de decidir mais diretamente como sua região funcionaria. (5:51) E isso seria feito através de um aplicativo, onde as vozes dos cidadãos de uma determinada região seriam amparadas e chanceladas pela voz das autoridades e dos políticos locais.
(6:07) O que vemos aqui não seriam residentes decidindo diretamente - esse processo seria chancelado e mediado por grupos políticos locais, pois a tecnologia "salvadora" ajudaria os cidadãos a votar mais diretamente e provavelmente com mais frequência e facilidade. (6:31) Claro, quanto a referendos regionais, não, mas, geralmente, esses referendos podem ser manipulados mais facilmente agora, o que infelizmente fará com que a aplicação desse instituto constitucional de modo a resolver os problems locais da poulação fique bastante inviável. Em verdade, os referendos só são só possíveis em ocasiões politicamente necessárias para certos grupos políticos, dada à natureza desses institutos. (6:52) E se esses referendos forem feitos através de aplicativos, a fraude será ainda maior, mesmo hoje, num cenário não marcado pela mudanças na forma do Estado polonês, a ponto de isso ser considerada uma verdadeira utopia.
Outra questão que se pode levantar a respeito dessa falácia ventilada por esses pretensos especialistas é se isto realmente seria um bom sistema para os poloneses. (7:07) O problema está em garantir a segurança e o sigilo das votações. Há muitas dúvidas sobre se a tecnologia mesma é capaz de resolver esses problemas - e um dos exemplos mais citados são as eleições nos Estados Unidos ou mesmo as eleições no Brasil, onde nem todos acreditam que a tecnologia tornou o processo mais eficiente e transparente. (7:34) Muitos apontam que isto permite que as eleições sejam manipuladas.
Provavelmente este problema afetaria os referendos, mas digamos que não seja impossível criar condições onde, se usarmos um aplicativo, poderíamos decidir algo nessa matéria de matéria efetiva, de forma rápida e prática. (7:57) Como já falei, isto não requer mudanças sistêmicas profundas, pois os problemas são de ideologia, não na forma da organização do Estado Polonês.
Mas essa questão tem uma pegadinha adicional: a idéia de que, graças à integração com a tecnologia, os residentes poderiam votar online em instituições de modo a avaliá-las - o que certamente levaria à criação de um ranking das instituições. (8:21) Em uma voivodia, por exemplo, alguém poderia avaliar onde está a melhor a educação, em outra onde está a pior, em outros casos seria possível avaliar uma unidade administrativa específica. Dessa forma, as regiões competiriam para ver qual delas é melhor - o que acarretaria conflitos, a ponto de gerar crise no pacto federativo, por conta do conservantismo político dos votantes, sobretudo em matéria ideológica.
(8:36) Essa idéia se inspira em algo que se pratica atualmente, onde já podemos avaliar prestadoras de serviço por meio de plataformas como o Google - como você pode facilmente perceber, quando interagimos com alguma prestadora de serviço ou mesmo escritórios, nós fazemos isto porque precisamos, não porque queremos. Geralmente, nossa avaliação geralmente é neutra, se tudo correr bem, ou negativa, se estamos insatisfeitos. (9:06) Na maioria das vezes, como se pode perceber, essas avaliações serão muito negativas porque, geralmente, quando estamos frustrados, nós temos a motivação necessária para dar essas avaliações: quando estamos com raiva, nós damos notas baixas (efeito horn). (9:36) Quando reconhecemos que elas funcionam bem, conforme o esperado, nós seguimos os cursos de nossas vidas, a ponto de sermos indiferentes para o resto (efeito halo) - o que compromete a real natureza da avaliação, o que torna nula a avaliação, dada à falta de fundamentação.
Evidentemente, essas avaliações também podem ser manipuladas; estamos bem cientes de vários exemplos dessas avaliações online de hoje em dia. Avaliações positivas podem ser compradas, então esta solução proposta é uma falsa solução e é pouco provável que isto resolva algum problema. (9:59) No entanto, podemos imaginar que, com o acirramento da divisão, da forma como foi proposta por esses especialistas, a Polônia se dividirá em duas: uma progressista e outra conservadora.
Este mapa, que é mostrado aqui, ilustra isto aproximadamente. Os apoiadores da opção política mais progressista estão mais ou menos na parte ocidental da Polônia, e os apoiadores da outra opção política dominante estão na outra parte, (10:28) nas partes oriental e mais central. Então, podemos imaginar que dentro de dez, no máximo vinte anos, duas Polônias essencialmente se formariam dentro do nosso país, a ponto de criar uma espécie de muro de Berlim - só que na mente dos poloneses, o que é um tipo de senzala ideologíca. Podemos também imaginar que as pessoas migrariam de tal forma que isso levaria à criação de duas Polônias, a respeito do que aconteceu com a Alemanha no passado.
(10:50) Qual seria o resultado? É fácil de imaginar! Simplesmente acabaria com a divisão da Polônia em dois países, e tendo diferentes legislações, diferentes sistemas legais e sistemas funcionando de maneira diferente nessas duas partes da Polônia, seria muito fácil mais tarde apenas desligar e mudar todo o sistema para dois países. (11:15) Claro, se ainda existissem, porque ao analisar em um momento quem está por trás dessas ideias, pode-se supor que a Polônia ainda permaneceria um país em tal caso, e a outra parte poderia ser absorvida em outro lugar.
(11:45) Talvez uma região mais rica, falando coloquialmente, apoiaria uma região mais pobre e, usando fundos de outra região, financiaria certas soluções em outra. Mas graças a isso, com tal funcionamento mais tarde, também podem ocorrer fluxos populacionais, e a região mais rica poderia se tornar mais pobre, enquanto a mais pobre poderia se tornar um pouco mais rica, como é atualmente. (12:10) E isso, claro, não seria bem recebido por essas regiões ricas, porque temeriam perder renda, perder cidadãos, então não estariam interessadas no desenvolvimento equitativo da Polônia.
Em verdade, as voivodias simplesmente cuidariam tão-somente de seus próprios interesses. (12:28). E nessa caso, as diferenças se aprofundariam ainda mais, criando formalmente uma Polônia A e uma Polônia B. Hoje, apesar de muitas pessoas migrarem internamente de regiões menos desenvolvidas, onde é mais difícil encontrar trabalho, para regiões mais desenvolvidas, onde é mais fácil ganhar dinheiro e viver uma vida melhor, (12:50) muitas pessoas frequentemente retornam às suas regiões após vários anos de desenvolvimento. Muitas pessoas deixam suas cidades natais ou regiões não porque querem, mas porque precisam, e gostariam de retornar.
(13:14) Com esse cenário todo de divisão, os habitantes das regiões menos desenvolvidas poderiam, então, retornar às suas terras de origem? É difícil imaginar se região dessas pessoas permanecesse atrasada enquanto uma voivodia ou cidade vizinha se desenvolvesse significativamente melhor e oferecesse muitas oportunidades. (13:35) Então, como mencionei, é fácil imaginar para onde essa ideia leva. Além disso, é fácil conectar isto com os planos globalistas para transferir poder para as regiões de modo que os estados não possam mais resistir a várias organizações internacionais, fundações e ONGs.
(14:05) Atualmente, é pouco provável que isto aconteça em certos casos, mas a abordagem feita por estes especialistas poderia eliminar a resistência por completo, pois governos enfraquecidos não são capazes de controlar nada. (14:19) Nesse cenário, é fácil imaginar que uma Polônia ocidental preparada, dividida em regiões apropriadas e ajustadas tanto legalmente e administrativamente, poderia se tornar parte de um projeto europeu maior, enquanto todos os eurocéticos poderiam permanecer em sua parte, que continuaria sendo considerada atrasada e provincianas. (14:49) Essas idéias perigosas, eu considero um ataque à Polônia - elas são, é claro, apresentadas por indivíduos que se apresentam como "especialistas independentes". Vamos ver quem são esses "maravilhosos" especialistas independentes.
(15:05) No artigo, o Professor Arkadiusz Radwan é apresentado - se olharmos na Wikipédia para ler um pouco sobre sua biografia, descobriremos que ele foi muito bem educado em universidades como Heidelberg, Mainz, Hamburgo, Bonn, Munique, Ghent, Colônia e outras cidades alemãs. (15:34) O que mais posso acrescentar sobre os outros especialistas que assinaram esta proposta? (15:39) Anna Wojciuch, uma ex-jornalista que agora publica no jornal israelense Haaretz, no francês Le Monde e no Liberté, conhecido por suas visões esquerdistas, e Maciej Kisielowski, que também publica em publicações globalistas como Politico, Project Syndicate e Haaretz.
(16:06) No artigo, nossos 'maravilhosos especialistas independentes" referem-se a certas autoridades que, na opinião deles, definem as tendências atuais e baseiam suas ideias nos pensamentos desses ideólogos. (16:28) E quem poderiam ser esses ideólogos? Ah, o historiador Yuval Noah Harari.
Como vemos, Yuval Noah Harari é uma pessoa que essas pessoas acreditam que vale a pena ouvir e cujas ideias devem ser implementadas. (16:48) Além dos especialistas mencionados, há, é claro, outros nesse grupo. Não vou listar todos.
Vou mencionar apenas mais um, o Professor Fryderyk Zoll da Universidade Jagielônica, conhecido por seu envolvimento no Comitê para a Defesa da Democracia (KOD). (17:14) Ele usa uma camiseta com a palavra "Constituição", sempre querendo defendê-la, mas, como vemos, ele também quer introduzir mudanças nela e mudar o sistema na Polônia. Isso é bastante estranho, considerando que a proteção da constituição deveria envolver a defesa de suas disposições, mas este não parece ser o caso aqui.
(17:38) Vemos, de qualquer forma, quem está por trás dessas ideias, quais países educaram essas pessoas e cujos interesses eles representam. Mais uma vez, lembro dessa ideia. Eu incentivo você a ler o artigo e talvez prestar atenção no livro intitulado "Consenso sobre a Polônia".
(17:58) E cuidado com essas ideias que estão reaparecendo, porque este livro é apenas o começo da discussão. Especialistas independentes têm autoridade, e tais ideias aparecendo em fóruns públicos tentarão persuadir a maioria da sociedade a se livrar dos problemas, como discussões políticas à mesa durante os feriados, transferindo-os para o nível da organização do Estado, afetando a constituição. (18:28) Em resumo, as famílias poderão se mudar para a região apropriada onde podem viver como desejam e pensar como querem, conforme afirmam os especialistas.
Infelizmente, temo que isso esteja essencialmente promovendo uma nova partição da Polônia. (18:49) Podemos facilmente imaginar aonde tal partição leva e também sabemos pela história como tais coisas terminaram para a Polônia e para os poloneses. Muito obrigado e até logo.
Tradução feita através do Chat GPT, através da transcrição de um vídeo em polonês baixado no Buntownik Jutra
Revisão da tradução feita por José Octavio Dettmann
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