A tecnocracia, um movimento que surgiu na década de 1930, propunha a substituição do capitalismo por um sistema econômico baseado em recursos e energia, governado por técnicos e engenheiros. As ideias da tecnocracia foram retomadas e adaptadas ao longo do século XX, culminando em conceitos como "desenvolvimento sustentável" e "cidades inteligentes".
Essas ideias, promovidas por organizações como a Comissão Trilateral e o Fórum Econômico Mundial, buscam remodelar a sociedade global através de um controle centralizado de recursos e da engenharia social, utilizando tecnologias como inteligência artificial e big data para monitorar e controlar o comportamento humano. A tecnocracia visa a criação de uma sociedade global eficiente e "sustentável", mas à custa da liberdade individual e da soberania nacional.
H.G. Wells, um dos proponentes da tecnocracia, em seu livro "The Open Conspiracy: Blueprints for a World Revolution", defende a criação de uma nova ordem mundial governada por uma elite tecnocrática. Ele propõe a substituição das religiões tradicionais por um novo evangelho científico e a manipulação do público através da educação e da propaganda.
Essas ideias foram posteriormente desenvolvidas por outros pensadores como Bertrand Russell, que defendeu o uso da psicologia de massa e da educação para controlar o comportamento humano. A visão de Wells e Russell de uma sociedade governada por uma elite tecnocrática levanta questões importantes sobre a liberdade individual, a democracia e o papel da ciência na sociedade.
Em "O Estado Servil", Hilaire Belloc argumenta que tanto o capitalismo quanto o socialismo levam à concentração do poder nas mãos de uma elite, seja ela composta por empresários ou burocratas. Belloc prevê a formação de um Estado Servil, onde a liberdade individual é suprimida em nome da eficiência e do controle social. Essa visão se assemelha à tecnocracia de Wells e Russell, onde uma elite tecnocrática controla a sociedade através da ciência e da tecnologia.
Em resumo, a análise cruzada dos textos revela uma convergência de ideias em torno da criação de uma nova ordem social baseada no controle centralizado, na engenharia social e na supressão da liberdade individual. Seja através da tecnocracia, do Estado Servil ou do Grande Reset, essas visões levantam questões importantes sobre o futuro da humanidade e o papel da tecnologia na sociedade.
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