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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Diálogo entre Jorge Boaventura, Frédéric Bastiat e Cardeal Dulles

Boaventura: Caros colegas, ao examinarmos o estado atual de nossa civilização, parece-me que estamos à beira de um precipício. A crise da família, a perda de valores e a crescente complexidade social ameaçam a homeostase de nossa civilização. Em outras palavras, estamos nos aproximando de um ponto de ruptura, após o qual a degradação de nossa sociedade pode se tornar irreversível.

Bastiat: Concordo com sua avaliação, Boaventura. A crise que você descreve é, em grande parte, resultado da perversão da lei. Quando a lei, que deveria proteger a liberdade e a propriedade, é utilizada para restringir a liberdade e promover a injustiça, a sociedade perde seu equilíbrio. A lei, em sua essência, deve ser um mecanismo de proteção, não de opressão.

Dulles: Permitam-me acrescentar que a crise da família e a perda de valores estão intrinsecamente ligadas à crise da verdade em nossa sociedade. A verdade, como fundamento da liberdade e da dignidade humana, tem sido relativizada e obscurecida. Sem uma base sólida na verdade, a liberdade se torna licenciosidade e a sociedade se fragmenta.

Boaventura: Exatamente, Dulles! A verdade é o fio condutor que mantém a coesão social e nos permite navegar pelas complexidades da vida. Sem ela, somos como navios à deriva em um mar de incertezas. E Bastiat, sua defesa da lei como protetora da liberdade é essencial para a busca da verdade, pois permite a livre expressão e o debate de ideias.

Bastiat: De fato, a liberdade é a condição sine qua non para a busca da verdade. Só podemos descobrir e disseminar a verdade em uma sociedade onde a liberdade de expressão e o debate aberto são protegidos pela lei. A lei justa, portanto, é um pilar fundamental para a homeostase civilizacional.

Dulles: E a verdade, por sua vez, é o alicerce da lei justa. Uma lei que não se baseia na verdade objetiva é arbitrária e, portanto, injusta. A verdade nos fornece os princípios morais que devem guiar a formulação e a aplicação da lei.

Boaventura: Em suma, senhores, a homeostase de nossa civilização depende de um delicado equilíbrio entre verdade, liberdade e lei. A verdade nos fornece os valores que nos unem, a liberdade nos permite buscar e expressar a verdade, e a lei justa protege a liberdade e garante que a busca da verdade seja conduzida de forma ordenada e pacífica. Se um desses pilares falhar, toda a estrutura da civilização é ameaçada.

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