1) Durante a primeira década dos anos 2000, quando estava cursando Direito na UFF, era muito comum o pessoal tirar onda só porque tinha um Nextel.
2) Comparado com o Nokia - ou mesmo com o Blackberry, que foi o primeiro Smartphone -, o Nextel era mais um Walkie-Talkie aprimorado, mas que custava muito dinheiro.
3) E justamente por ser um produto extremamente caro é que nego o cobiçava, de modo a ostentar um status social que não possuía. Isto é a prova cabal de que a Teoria do Veblen está correta - esses jovens universitários, vinte anos depois, em nada contribuíram de significativo para o engrandecimento da cultura pátria. Como membros oriundos de uma classe ociosa que são, eles não estão lá no serviço público para contribuir para o engrandecimento da nação, uma vez porque desprezam o conhecimento, como bem apontou o professor Olavo - eles estão lá para ocupar o espaço que poderia ser perfeitamente ocupado por alguém talentoso e capacitado, cujo legado poderia fazer o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo ao longo das gerações, o que afeta a produtividade do país, em termos culturais e econômicos.
4) A cultura de emulação pecuniária ao longo das gerações é um sintoma de decadência civilizacional - e isto vai levar a uma homeostase civilizacional, como apontou Jorge Boaventura - como as coisas deixaram de apontar para o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, então o sentido de ser das coisas, antes destinado à grandeza, se perdeu completamente. E o ser humano - num mundo destituído de sentido, sem que as coisas apontem para Deus - tende a perecer e a definhar, a ponto de também entrar em extinção.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de julho de 2024 (data da postagem original).
quinta-feira, 18 de julho de 2024
Memória - emulação pecuniária nos anos 2000 - o caso das marcas de celulares usados entre os jovens universitários - relato da minha experiência pessoal
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