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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Relatos da minha experiência na vida intelectual

1) Eu sempre busco as coisas do alto. Procuro ver sempre quem sabe mais do que eu de modo a me aprimorar melhor.

2) Tomando por base minha experiência, poucas são as pessoas que me fazem olhar para o alto, a ponto de me fazer melhorar. Eu destaco duas: Loryel Rocha e Olavo de Carvalho. Algumas estão no mesmo nível em que eu estou, com o intuito de completar o meu trabalho. Como essas pessoas estão em torno de seus 20 ou 30 anos, então elas têm muito a oferecer - tal como eu.

3) Pode ser, ao longo da minha trajetória, que eu venha a descobrir pessoas que me façam olhar para o alto, ainda que com pouca idade. Mas essas pessoas são raras, tal como Olavo e Loryel. Se encontrar alguém assim, ela vai entrar na mesma menção honrosa que dou a esses dois.

4) Se houvesse gente em grande quantidade que me fizesse olhar para o alto, eu certamente teria escrito 10 artigos por dia ao longo de todos os 365 dias ao ano. Como não há muita gente, eu só pude produzir mais de 4000 artigos, ao longo dos meus 5 anos de atividade (2014-2018).

5) Eu não precisei ler 80 livros por ano. Eu li aquilo que me interessava e fui investigando. Fui meditando mais do que lendo - e aí fui escrevendo. E cada reflexão puxava outra reflexão, como que conversa que puxa conversa.

6) Eu mal leio um livro por ano. Tudo o que precisava aprender eu aprendi na adolescência. Esse foi o período em que eu mais li. Isso me deu todo o cabedal empírico necessário para que pudesse escrever. E é com este cabedal que trabalho.

7.1) Enfim, para o meu nível de cultura atual, até que produzi bastante. Posso tirar um tempo para ler mais um pouco, mas essas coisas demandam que eu me afaste da rede. Por isso, eu recorro à osmose: meu amigo Flávio Fortini sempre citou muitas postagens do Kierkgaard que me interessaram muito.

7.2) É por meio da osmose que eu progrido. É das leituras dos meus contatos que eu me alimento - e isso me dá os insights necessários para eu poder escrever.

7.3.1) É como falei: faz sentido ler 80 livros por ano quando você tem gente muito boa que partilha suas leituras na rede e que fazem você ainda melhor?

7.3.2) Se você não constrói sua rede com material de boa qualidade, então você será obrigado a ter de digerir tudo sozinho, a ponto de ficar rico no amor de si até o desprezo de Deus - e isso só vai fazer mal, tal como vejo em certos alunos do Olavo, cheios de soberba e vaidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2019.

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