1) O status indica o estado de uma determinada situação ou pessoa em uma determinada circunstância. Exemplo disso é o estado de uma questão que está sendo discutida publicamente ou o estado de uma determinada pessoa em relação à vida civil, se ela é casada, solteira, viúva ou se ela está em estado sacerdotal (estado de pessoa esse não reconhecido por esse Estado laico, divorciado de Deus).
2.1) Às vezes, uma determinada relação de quantidade afeta à circunstância de determinada pessoa. Exemplo disso é o fato de ela ser rica ou pobre de dinheiro ou de espírito.
2.2) A riqueza de dinheiro fará com que ela consiga o obter os meios de ação necessários de modo a exercer influência sobre as pessoas, se a ordem social é fundada na riqueza como sinal de salvação; se ela é rica de espírito, ela será muito famosa e influente numa ordem social onde as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, tal como se deu na Idade Média.
2.3) Se há uma relação de quantidade, então os números governam o mundo, mas o poder desses números é limitado pelo estado da pessoa, se ela é rica em virtudes ou se ela é rica no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de servir liberdade com fins vazios de tal maneira que o pecado seja a nova virtude cardeal, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
3.1) Enfim, esta é diferença que devemos fazer com relação às palavras estatística e estadística.
3.2.1) Estadística é o estudo do Estado nos termos propostos por Maquiavel. São relações de poder que se dão entre as pessoas e as instituições.
3.2.2) O estudo dessas relações de poder ao longo do tempo - a ponto de transformar o senso de se tomar o país como um lar em Cristo em senso de se tomar o país como se fosse uma religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - é um dos assuntos mais importantes da matéria, que pode ser tomada como sinônimo de relações internacionais.
3.2,3) Todas as decisões de poder fundadas em relações exteriores sempre são motivadas por forças que costumam atuar internamente, a ponto de influir na oferta e na demanda desse serviço público especial, tendo em vista o benefício de todos os que se encontram sob a proteção e autoridade de um rei ou príncipe, se ele estiver servindo a Cristo diretamente, como se deu em Ourique, ou indiretamente, por meio da Santa Madre Igreja. Ou mesmo o maléfício, como vemos nesses países onde o Estado é tomado como se fosse religião, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, a ponto de a liberdade no país ser servida com fins vazios, a ponto de aprisionar a alma de todos, em razão dos poderes pervertidos desse estado de coisas.
4.1) Aquele que não estudar História será incapaz de entender a dinâmica de poder que se dá tanto dentro do país quanto fora dele, assim como todas as decisões de poder que afetam o direito, a economia e os demais setores que organizam o país de tal modo que leve a todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
4.2.1) Nenhum país está no mundo isolado. Para entendê-lo melhor, você precisará tomar dois ou mais países como um mesmo lar, a ponto de descobrir constantemente os outros.
4.2.2) E o grau mais básico desse senso se dá quando tomamos Brasil e Portugal como um mesmo lar em Cristo, por força de Ourique, coisa que se perdeu com a amputação havida no dia 7 de setembro de 1822.
4.2.3) Quando você estiver treinado nesse senso, você poderá tomar outros países mais próximos do Brasil neste fundamento, como os demais países ibero-americanos, os Estados Unidos, os países europeus, sobretudo a Polônia, que é o maior defensor da ordem social fundada na cristandade, atualmente.
4.2.4) É por meio desse caminho que você vai criando os pontes, os esquemas de poder necessários de modo a viabilizar o progresso material e espiritual de uma nação inteira.
4.2.5) Esse poder está distribuído a todos - em seu grau menor, uma família que toma dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo contribui tanto para o país quanto um servidor público acreditado que atua numa embaixada ou num consulado, no seu maior grau.
4.2.6) Isto é a prova cabal de que nem tudo está no Estado e nada pode estar fora dele. Por isso que vemos todas essas tentativas vãs de acabar com a família, pois esta é única instituição que pode acabar com essa utopia, com esse projeto totalitário de poder.
4.2.7) Por isso que a luta contra essa cultura, contra essa má consciência política, é essencial - e não devemos descansar, pois os que tomam o país como fosse religião são verdadeiros demônios que merecem ser abatidos a fio de espada, pois são todos apátridas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2019 (data da postagem original).
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