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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Notas sobre história das idéias e história das mentalidades

1) Quando o homem é a medida de todas as coisas, a realidade para ele é tudo aquilo que ele pensa, acredita, representa e prevê. E as idéias são a expressão dessa "realidade", fundada no amor de si até o desprezo de Deus.

2.1) Não é à toa que muitos chamam essa "realidade" de ideologia, pois tudo isso visa à conquista e à manutenção do poder, a ponto de a guerra ser a continuação da política por meios violentos.

2.2) Esse corpo de idéias acaba norteando um comportamento, uma conduta e uma má consciência. Isso leva a uma mentalidade revolucionária, o que resulta numa chamada para a ação, para uma cultura fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que é fora da conformidade com o todo que vem de Deus.

3.1) Tudo aquilo que é pensado, representado ou pretensamente previsto é debatido permanentemente ao longo do tempo e ao longo de várias gerações de pessoas que fazem da atividade intelectual uma atividade economicamente organizada com o intuito de tomar o poder pelo poder como se ele tivesse um fim em si mesmo, a ponto de estarem no mais puro autoengano.

3.2) O estudo da História das Idéias e da História das Mentalidades é um aspecto que precisa ser permanentemente examinado de modo a se compreender a mentalidade revolucionária.

3.3) Trata-se de um dado estratégico permanente que devemos sempre conservar de maneira conveniente e sensata em nossos corações de modo a se lutar contra esse mal objetivo.

4.1) Por outro lado, tudo aquilo que um ser humano pensa, acredita, representa e prevê fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro homem leva as pessoas mais próximas a conservarem o que é conveniente e sensato a ponto de sentirem a dor de Cristo, fundada no sacrifício definitivo de Jesus por conta do perdão de nossos pecados.

4.2.1) Tudo isso edifica consciência reta, fé reta e vida reta, levando a uma chamada para a ação sistemática para a santidade, para a santificação através do trabalho.

4.2.2) Isso leva a uma mentalidade voltada não para a tomada do poder como se ele tivesse um fim em si mesmo, mas a uma chamada para a ação com intuito de servir ao próximo a ponto de ver nele o Cristo necessitado.

4.2.3) Se a base do poder está na comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então não é preciso fazer muita coisa a não ser servido o próximo naquilo que você faz muito bem.

4.3) Este é, portanto, o caminho para a excelência, pois a civilização edificada nisso resiste ao teste do tempo, uma vez que se funda na verdade, no verbo que se fez carne a ponto de fazer santa habitação em nós por meio da eucaristia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

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