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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Como a digitalização artesanal ajuda na arte de se ler livros - relatos da minha experiência pessoal

1) Uma das coisas que o professor Rodrigo Gurgel tanto ensina é ler como se fosse um escritor. Isso implica que você se ponha do lugar daquele que escreveu o livro -  e para isso, você precisa ler os mesmos livros que ele leu bem como todas as outras obras que este escreveu e que o prepararam espiritualmente para fazer tal trabalho.

2.1) Pela minha experiência, quando eu digitalizo um livro, eu sempre costumo dissecar um parágrafo em vários tópicos a ponto de melhor compreender a passagem. Se há algo interessante, eu escrevo alguns comentários sobre isso.
2.2) De um parágrafo dissecado em tópicos de um livro A, eu comparo com um parágrafo dissecado em tópicos de um livro B; se houver complementariedade entre eles, vou compondo um texto a partir do diálogo dessas duas obras; se houver oposição, vou tecendo comentários.
2.3) Embora isto seja um tanto trabalhoso, esta foi a forma que eu encontrei de ler um livro.
3.1) A digitalização me dá a capacidade de perceber os detalhes, coisa que me passa batido quando estou lendo um livro no mundo real, pois o mundo ao meu redor me leva à distração.
3.2) A digitalização, ainda que artesanal, me faz com que eu evite o mundo, o diabo e a carne, a ponto de me preparar o caminho para a intelecção, de modo a compreender as coisas que decorrem da conformidade com o todo que vem de Deus.
4.1)  Enfim, este é o método que uso para ler um livro. No computador eu sou muito ativo -  é por conta disso que consigo fazer uma leitura mais ativa.
4.2) Se ler é ver duas vezes melhor, então digitalizar é ler com  mais atenção, a ponto de ver as coisas três vezes melhor, pois você evita o mundo, o diabo e a carne.
4.3) Digitalizar é ver com atenção o que está sendo lido e ler é ver o que não se vê. Trata-se de uma verdadeira trindade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de janeiro de 2018.

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