Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Notas sobre a suserania e vassalagem como a base do verdadeiro federalismo

1.1) Na Roma Antiga, as relações entre as cidades-Estado eram relações clientelistas.

1.2) A missão do enviado é comprar os favores dos políticos locais de modo a conseguir os benefícios.

1.3) E isso é uma forma de corrupção - você passa a ter poderes provisórios, mas naqueles momentos onde a situação é crítica, você não contará com o apoio dessas cidades-Estado, uma vez que elas vendem seu apoio a quem pagar mais.

2.1) Uma falsa federação se caracteriza justamente por isso: pela fisiologia, numa relação troca de favores e ocupação de cargos espaços com o intuito de se ter poder absoluto sobre tudo e sobre todos,uma vez que essas coisas se fundam no que é conveniente e dissociado da verdade, já que o homem, neste fundamento, é a medida de todas as coisas.

2.2) Quando chega a hora da verdade, que é defender o país e o sistema republicano, a ponto de nenhum homem ter poder sobre outro homem, tudo cai, pois não há nada de nobre nisso a ponto de inspirar a lealdade alheia.

3.1) O sistema suserania e vassalagem é mais fundado naquilo que decorre no verdadeiro Deus e verdadeiro homem como a medida de todas coisas, uma vez que a Ele foi dado toda a honra, toda a glória, todo o poder e toda a realeza, já que Seu nome está acima de todo e qualquer nome.

3.2) O vassalo de Cristo, quando busca o apoio de uma cidade-Estado independente, manda diplomatas com o intuito de estabelecer uma articulação política onde a cidade-Estado passe a aliado para depois ser parte integrante do império do Suserano, ganrantindo a lei local e a autoridade, a ponto de o novo protegido gozar da proteção desse império contra um inimigo que este tem em comum com o suserano.

3.3.1) Muitos desses diplomatas são em geral missionários religiosos, que convertem o povo da cidade por inteiro, a ponto de todos amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, e a viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus

3.3.2) Uma vez feita essa união pessoal entre suserano e vassalo, surge, então, uma relação de distribuição de poderes e responsabilidade, coisa que se funda na ocupação e no uso racional da terra como o principal recurso que faz o país ser tomado como um lar em Cristo, a base para se santificar todo e qualquer trabalho

3.2.3) É através da exploração das riquezas da terra que as cidades-Estado vão se desenvolvendo a ponto de se tornarem províncias do império e ganharem ainda mais favores políticos do imperador suserano, a ponto de fortalecerem a ainda mais a reciprocidade entre suserano e vassalo, uma vez que o vassalo passa a ser tomado como filho adotivo do suserano. E a união, que antes era pessoal, passa a ser dinástica, passando a ser mais permanente, por ser cada vez necessária.

3.2.4) Como vassalos podem ser suseranos de outros povos, então indiretamente o suserano passa a ser soberano, uma vez que está servindo a outros povos por meio seus protegidos, numa relação de confiança - e os casamentos se tornam uma forma de se estabelecer uma aliança nessa direção.

3.2.5) Trata-se de um verdadeiro ditributivismo. As leis locais são respeitadas e a união desses povos gravita em torno do Rei, do vassalo de Cristo, que faz o país se tornar sólido, estável, uma vez que todos estão amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.1) Para que o lar seja organizado de tal forma que todos possam ter os poderes de usar, gozar e dispor das coisas, tudo o que devemos fazer é promover os melhores no governo - e esses melhores devem amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.2) O melhor dentre esses melhores precisa ser vassalo do vigário de Cristo, a ponto honrar e imitar a D. Afonso Henriques, que foi vassalo diretamente de Cristo e da Igreja, indiretamente, já que acessório segue a sorte do principal.

4.3) A aliança do Altar com o Trono é crucial para que o país seja tomado com um lar em Cristo a ponto de evitar a concentração econômica, coisa que faz um homem, em razão da necessidade de sustento e e sobrevivência, sujeitar-se a outro homem rico no amor de si até o desprezo de Deus, uma vez que este faz da riqueza da salvação, a ponto de isso ser a causa de todas as desgraças.

4.4) Enfim, é preferível montar uma monarquia republicana nos moldes portugueses a restaurar a monarquia no moldes liberais e maçônicos, tal como se deu em 7 de setembro de 1822.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário