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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Paralelo entre a nobreza e os portadores de dupla nacionalidade no tocante às eleições

1) Se política é dever do católico e você toma dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, tal como venho fazendo com o Brasil e a Polônia. então o seu dever é estudar a história dos dois países e mostrar aos descendentes de poloneses e aos poloneses as tendências das coisas, tais como elas são.

2) Quando o direito de votar recaía sobre a nobreza, os nobres tinham o dever de escutar os seus servos. Embora eles não tivessem direito de votar, eles eram o que mais se beneficiavam ou mais se prejudicavam acerca de uma eventual medida de um governante - e o eleitor era solidariamente responsável por conta de sua má decisão.

3) Mesmo que eu não tenha direito de votar, ao menos os poloneses que gostam de mim e que podem fazer alguma coisa a respeito sempre levarão em consideração o que eu tenho a dizer, se o que digo a respeito da Polônia for razoável. E a melhor forma de tomar a Polônia como um lar é estudando a história do país e mostrando a quem tem direito de votar qual é o caminho certo a seguir.

4) Uma vez que estou tomando a Polônia como um lar junto com o Brasil, eu preciso participar da política dos dois países uma vez que há pessoas nos dois países que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - e eu preciso criar as pontes, ainda que não tenha direito de votar.

5.1) Tenho amigos de ascendência italiana que votam nas eleições do parlamento italiano. Se tivesse conhecimento da língua italiana e da história e política local, eu poderia discutir a política de lá e mostrar qual seria o melhor caminho tanto para a Itália quanto para nós aqui no Brasil.

5.2) Este tipo de intervenção se funda na mais alta cultura e nos direitos de vizinhança e você deve discuti-la de modo que seu povo também se beneficie, já que é uma matéria de honra - e você precisa ter a exata dimensão disso, pois você está tomando dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, uma vez que nacionismo é cultura.

6.1.1) Esta é a prova cabal de que o princípio da não-intervenção no Direito Internacional não existe, pois desde a base convivemos com pessoas que são portadoras de dupla nacionalidade, uma vez que elas estão no meio de nós. 
 
6.1.2) Os nossos juristas e nossos governantes nâo vêem o que deve ser visto, pois estão encastelados em suas torres de marfim, uma vez que não estão olhando para a realidade das coisas. Eles estão mais preocupados em servir abstrações vazias aos burocratas da ONU do que servir ao povo que toma o país como um lar em Cristo, apesar desta república maçônica e totalitária que nos domina. Por isso, eles são todos apátridas e governam o país de maneira ilegítima.

6.2) Se você descobre os outros e os toma como parte de sua família, então você é chamado a colaborar dentro daquilo que sabe, mesmo não tendo poderes para isso, por conta do direito de nacionalidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2019.

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