1) Com base no argumento, inventado por José Bonifácio, de que o Brasil foi colônia de Portugal, tem virado moda falar nos tais "pais fundadores" do Brasil, macaqueando assim a historiografia norte-americana, bem como o mitologema da Revolução Americana. E isso é certamente colonização do nosso imaginário.
2) Se o leitor tiver a oportunidade de parar pra pensar, na verdade o Pai Fundador do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves é Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado de Ourique que apareceu para el-Rei D. Afonso Henriques com a missão de que o povo português e seus descendentes deveriam servir a Ele em terras distantes, de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas. O Brasil descoberto nasce como desdobramento dessa missão em terras americanas.
3) Foi por conta dessa missão que Portugal restaurou sua soberania em 1640, após 60 anos de União das Coroas Ibéricas, coisa que se após a morte de D. Sebastião. Estando no Brasil, D. João VI elevou o Brasil - a jóia do império criado por Cristo, em Cristo e para Cristo - à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, reconhecendo todos os bons usos e costumes desta terra que ajudaram na formação deste bem comum que fez com que D. João VI, estando aqui, tomasse esta terra como sendo seu lar também. Tudo isso em reconhecimento aos bons serviços prestados à Coroa.
4.1) Só por conta da mentalidade liberal dos maçons, na contramão das nossas tendências históricas, é que começaram a falar de pais fundadores de uma falsa tradição, fundada a partir da traição à missão estabelecida por Cristo em Ourique.
4.2) Por isso mesmo que rejeito essa liberdade dissociada da verdade, do verbo que se fez carne: ela edificou uma falsa ordem, fazendo com que a liberdade fosse servida com fins vazios, a ponto de edificar uma má consciência coletiva, onde o fingimento e a emulação se tornaram a ordem do dia, fazendo com que a busca pela santidade se tornasse uma tarefa quase impossível, quase heróica.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2018.
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